terça-feira, 25 de agosto de 2009

Filmes por acidente

Eu gosto de comédias românticas. Tem gente que diz que elas são previsíveis e bobas, mas o negócio é que eu gosto delas mesmo assim. No geral, elas são sempre a mesma coisa, mas o lance das comédias românticas não é O QUE acontece. É COMO acontece. Por isso, eu acho que o que tira o glamour dos filmes água com açúcar é a sinopse.

A sinopse entrega o filme todo, inclusive como a história se desenrola. Então a grande dica para ver esse tipo de filme é: VÁ NO ESCURO. Não leia nada sobre ele antes. Deixe ele te surpreender, mesmo que você já saiba o final na 1ª cena.

Outro dia mesmo assisti a um filme desses na TV sem saber nada sobre ele. Não tinha visto nem chamada nos comerciais.

O nome da película era “Amor por acidente” e se eu tivesse lido alguma coisa sobre ela, não teria nem assistido. Acabou que o filme saiu melhor que a encomenda.

Vou contar sucintamente aqui o filme porque ele é velho e foi a primeira vez que eu ouvi falar dele, então vai ser difícil de passar de novo, e não vai ser como se você fosse vê-lo depois do meu comentário.

A protagonista não era famosa e parecia com a atriz que fez A Feia mais Bela (depois da transformação. Ela não era tão feia assim). A mulher encontrava um cara muito suspeito numa lanchonete enquanto narrava in-off sobre a influência do destino na sua vida e logo depois ia morar com o sujeito.

“Não é possível que ela vai ficar com esse marginal” – eu pensei.

Só que aí a mulher fica grávida e o marginal a expulsa de casa! :o

Então a moça sai vagando pela rua até parar numa estação de metrô (nisso ela já está com 9 meses de gestação). Assim como nas estações brasileiras, ela é jogada para dentro do trem. Só que a mulher não comprou a passagem daquela viagem! (Suspeito eu que ela não tinha comprado o tíquete de nenhuma viagem até). O bilheteiro está passando e grampeando as passagens e ela fica desesperada e sai correndo através dos vagões até que aparece BRANDAN FRASER (aquele mesmo da Múmia)! De mullets! Ele finge ser casado com a mulher e engana o bilheteiro. Logo depois, a leva para uma cabine particular.

“A-há! Já sei! Ela vai terminar com o Brandan Fraser. É a única pessoa famosa nesse filme”.

Então, eis que entra na cabine OUTRA mulher grávida. Essa era a verdadeira esposa do personagem do Brandon Fraser de Mullets. A primeira e a segunda grávidas conversam e ficam amigas rapidinho. Tão amigas que em menos de 5 minutos, a 1ª mulher grávida já está experimentando a aliança de casamento da outra. Antes de colocar o anel, a 1ª mulher grávida avisa que isso dá azar, mas a mulher do Brandan Fraser rebate dizendo que o azar não pega nela. Coitada! Não devia ter deixado outra pessoa experimentar sua aliança, porque foi só a Feia-mais-Bela-cover colocá-la no dedo para ter um ACIDENTE NO TREM!

A 1ª grávida acorda num hospital e é informada de que fizeram o parto do seu bebê e que ele está bem, mas ela havia ficado em coma por 8 DIAS! Nisso, ela percebe que sua pulseira de identificação está com o nome da mulher do Brandan Fraser!

“Hmmm... Troca de identidades... Legal, mas... Cadê o Brandan Fraser, hein?”

Logo chega um motorista muito chique e a leva para uma mansão (da mãe do Brandan Fraser). A mulher tenta explicar o mal-entendido, mas sempre alguém a interrompe. A mãe do BF, que não havia conhecido a esposa do filho, dá as condolências e acaba deixando escapar que o Brandan Fraser morreu!

“Como assim o Brandan Fraser morreu? Com quem ela vai ficar agora? Ele era o único cara famoso do filme!”.

Minha dúvida durou só 10 segundos porque logo, logo, eis que, descendo as escadas, aparece ninguém menos do que...BRANDAN FRASER (agora sem o mullet)!!!!! O cara tinha um IRMÃO GÊMEO!!!!

Nessa hora eu tive que rir.

“Cara, isso é que é filme! Troca de identidades E irmãos gêmeos! O que mais eu podia querer?”

A essa hora, é claro, eu já sabia que ela ia ficar com o gêmeo do Brandan Fraser (que era muito antipático, por sinal), mas, claro, ainda faltava resolver o problema da troca de identidades, que parecia que ia ser descoberto a qualquer momento. E por isso o filme prendeu a minha atenção.

O miolo da história é aquele de sempre e teve direito até a uma transformação no visual da Feia-mais-Bela-Cover e Garota de Ipanema na trilha sonora. Mas o melhor de tudo ainda estava por vir.

BF 2º pede a mulher em casamento 2 dias depois de a ter beijado e no ensaio do casório eis que aparece... o pai marginal do bebê! Ele, claro, queria extorquir a coitada da mulher, senão contava que ela não era a mulher do BF 1º.

Num acesso de loucura, a mulher rouba a arma da família e vai até o marginal para matar o cara. Só que chegando lá, ele já está MORTO! :O

“Caraca! Troca de identidades + Irmãos gêmeos + Transformação + Assassinato! Definitivamente, esse filme é dos bons! Devia ser mais famoso”

No fim, acabou que o BF 2º já sabia quem a mulher era desde o início e quis casar com ela mesmo assim e eu acertei quem tinha matado o marginal (vibrei pra caramba quando mostrou, porque não estava tão óbvio assim). Em resumo, um filmaço.

Definitivamente, o problema dos filmes de romance são as sinopses. E os nomes. Ninguém dá nada por aqueles títulos totalmente aleatórios com a palavra “Amor” no meio, mas eles são bem bons.

Fica a dica: deixe de querer ser tão sabe-tudo e pare de ler as sinopses! Não veja trailers, nem pôsteres. O problema da humanidade é que todo mundo hoje quer saber de tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Isso estraga toda a surpresa.

E não tenha medo: filmes por acidente são as melhores coisas que se têm na vida. Quando tem amor (ou derivados) no meio então...

Obs. Já teve uns 3 ou 4 filmes assim que entraram para a minha listinha de melhores filmes. E olha que essa listinha é bem seleta. A dos piores filmes é que é grande. Rs

Obs2. Depois do felizes para sempre, estava dada a explicação porque o filme era tão bom. Era baseado num livro. O nome era bem mais criativo do que o do filme mesmo em inglês (Mrs. Winterbourne): Eu casei com um cara morto. Muito melhor! Mas entrega muito também. No quesito descobrir-sobre-o-que-o-filme-é, Amor por acidente ganha de lavada. rs

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

30 canções do Jamie que você devia escutar antes de morrer

Jamie Cullum é um cantor completo. Ele canta de um tudo. Desde covers de clássicos da música, até composições próprias, JC sempre dá um jeito de deixar sua marca nas canções. E já que seu Jamie está completando 30 anos, a listinha de hoje terá 30 itens.

30 canções de JC que você devia escutar antes de morrer
Não precisa ouvir se não quiser. Eu só vou escrever tudo isso, porque eu não tenho mais o que fazer rs Mas se interessar, eu já adianto que as melhores são as que estão mais pro final.

Do Pointless Nostalgic

Em seu 1º álbum Pointless Nostalgic (que por acaso inspirou o nome desse blog), a maioria das músicas são covers de músicas antigas, mas ainda assim tem um par de ótimas canções originais.

1. Pointless Nostalgic – Mais nostálgica impossível.
2. I want to be a popstar – Nessa ele descarrega todo o seu sarcasmo contando que queria mesmo era ser um cantor pop que vende milhões de discos e dá milhares de autógrafos e que ele vai fazer de tudo para conseguir a fama, nem que tenha que fingir que é gay rs (Foi só brincadeira, ele não chegou a colocar o plano em prática).

Do TwentySomething

Já no 2º disco, Jamie faz uma reflexão sobre os pensamentos e dúvidas que passam pela cabeça de um jovem de 20 e poucos anos. Praticamente todas as canções, mesmo as regravações, fazem alusão aos problemas relacionados à juventude.

3. Next year, baby – Quem nunca fez aquelas listinhas de resolução de ano novo? Comprar menos sapatos, prestar atenção às notícias, pagar as contas em dia... No final, a gente nunca cumpre nada dessas listas, mas tem uma coisa que JC diz que vai fazer de qualquer jeito. A canção é simples e cheia de energia, e na minha opinião, a que melhor resume a personalidade de Cullum.
4. TwentySomething – Você passa a vida toda estudando e quando acaba a faculdade não sabe mais o que fazer. Ajudar os pobres? Viajar pelo mundo? Encontrar a alma gêmea? Essa é TwentySomething. Eu nem terminei a minha e já me identifiquei com a letra irônica e sincera dele. Ele cantando essa no show é um capítulo à parte. Corre pelo palco, se equilibra no piano, salta de lá de cima... Um dia ainda vai se quebrar todo. Tenho pena da mãe dele. Deve ter sofrido com ele quando criança.
5. It’s About Time – O tempo passa, a idade vai chegando e JC percebe que ainda não encontrou “aquela” pessoa especial. Mas ele não desiste e resolve que vai encontrá-la não importa como. Simplesmente linda essa canção.
6. All that Sea – Já teve aqueles momentos em que você não queria falar com ninguém, jogar o telefone fora e só ficar sozinho reorganizando os pensamentos? JC fez isso em All that Sea.
7. These are the days – Depois de um término de relacionamento, JC percebe o quanto ele sentia falta da solteirice e reflete sobre o rompimento. Muito gostosa e relaxante, a música é batata para ouvir quando se está estressado.
8. But For Now – Essa é um cover de mil novecentos e bolinha, mas a letra é muito atual. No início do namoro, a menina quer saber tudo da vida do cara de uma vez. JC despista e diz que tudo tem seu tempo, e o importante é ele a ama. Hoje eu vejo porque a Sandy gosta tanto dessa música. É absolutamente singela e muito romântica. A canção é puro mel e da melhor qualidade.
9. Cant’t we be friends – Cover do Sinatra. “I thought I'd found the girl of my dreams, now it seems, this is how the story ends, She's gonna turn me down and say: ’Can't we be friends?’”. A letra diz tudo.
10. Wind Cries Mary – Cover do Jimi Hendrix. O melhor dessa não é nem a música, é a performance. Jamie incorpora o Hendrix e só falta pôr fogo no piano. De uns tempos pra cá, deu pra pedir pra platéia trocar o nome que aparece na música pelo dele. "And the wind whispers Jamie" Rs

Do Catching Tales

Em Catching Tales, Cullum está mais livre para misturar estilos e arriscar nos sons. Seu 3º álbum mescla covers antigos e canções originais e está mais pop do que nunca.
Esse é o meu CD preferido. É o que tem mais ritmo e músicas cujos temas variam da simples declaração de amor até a crítica social, sem esquecer dos temas relacionados à juventude.

11. Get Your Way – Composta toda em cima de um sample da antiga Get Out of My Life Woman, a música tem pegada e seu clipe é muito legal.
12. London Skies - “Nada é certo, exceto de que tudo que você sabe pode mudar, Você venera o sol, mas agora você pode se apaixonar pela chuva?” Londres é uma cidade molhada. Quase todo dia chove. Não é à toa que a Isabella, brasileiríssima, não gosta do clima de lá. Então, o Jamie fez London Skies pra ver se ela mudava de idéia. Lindo, né? O mais legal é que ele continua cantando essa música no show, mesmo estando noivo de outra.
13. Photograph – Nada como pegar um álbum de fotografias antigo e relembrar boas histórias do passado. Em Photograph, JC pega essas fotos e revive o dia do seu 1º beijo em que tudo parecia que tinha dado errado. “Quando eu olho pra trás e vejo minha vidinha comum, Eu percebo quão mágico foi, apesar de não ter percebido na época”. Como boa nostálgica que sou, eu também adoro olhar fotos e relembrar do dia em foram tiradas, e por isso eu adoro essa canção. Agora, seu Jamie deu pra mudar a cor do cabelo da menina da música pra homenagear a atual namorada que deve ser tão alta quanto à garota da canção. Se bem que ser mais alta que o Jamie não é das tarefas mais difíceis. Rs
14. Nothing I Do – “Nós estávamos tão bêbados na noite passada, Tivemos aquela briga idiota, Você me chamou de safado inútil e egoísta”. A mulher bateu a porta, saiu chorando e agora Jamie faz de tudo para descobrir o que de fato aconteceu (isso que dá abusar do álcool) e tentar uma reconciliação. “Será que nada do que eu faça pode te fazer feliz de novo? Será que nada que eu digo põe um sorriso no seu rosto?”. A história é divertida e o jazz aqui ganha ares de séculos XXI com uma letra pouco correta.
15. Mind Trick – Cheia de swingue, podia tocar numa danceteria fácil, fácil. A mais pop do disco e que me apresentou ao talento de Mr. Cullum.
16. 21st Century Kid e Oh God – À primeira “ouvida”, duas músicas chatas. Depois de ver a letra e saber que 21st Century Kid é sobre a guerra do Iraque e Oh God sobre o tsunami no SriLanka, duas críticas sociais disfarçadas de belas canções.
18. 7 Days to Change your Life – Essa é muito lenta, mas tem uma parte que é incrivelmente rápida. Muito louca, mas a letra é ótima. É basicamente uma propaganda de um livro de auto-ajuda que promete mudar sua vida em 7 dias. A parte rápida é o depoimento de alguém que leu o livro no maior estilo: “Tomei Magrins, olha como eu era”.
19. Back to the Ground – Ela demora pra engrenar, mas o solo de piano faz a gente balançar a cabeça igual heavy metal (eu gosto de fazer air piano nessa rs) A letra também é punk. Quer dizer, é sobre um cara que aprontou à beça, mas, agora com a ajuda dos amigos, está de volta ao chão.
20. My Yard – “Então chame um táxi e venha para cá, E eu te esperarei bem do lado de fora, Eu tenho alguns DVD´s e umas cervejas, Se você quiser poderemos ficar acordados a noite inteira”. Jamie faz um convite para dar um pulo no jardim dele, afinal a “a grama é sempre mais verde do outro lado”. A música é simples e gostosa. O que mais essa menina tá esperando? Vai logo, mulher! Rs

De outros lugares mil

21. Why Do Today What You Can Do Tomorrow – Tanto a letra quanto a melodia são uma ode à preguiça. Dá vontade até de soltar aquele bocejo. “Por que fazer hoje o que se pode fazer amanhã?”.
22. Everlasting Love – A música já tinha sido regravada milhares de vezes. Nenhuma delas ficou tão boa quanto a versão de JC. Tema de O Diário de Bridget Jones 2.
23. Bittersweet – Uma participação com um grupo desconhecido. Ficou bem bacana.
24. I’d probably do it again – A música é gigante, e conta uma historinha bem incorreta. O melhor é ele imitando a voz da mulher.
25. Jump for Joy – Depois de semanas separados, Cullum pula de alegria quando vê sua cara-metade. Desconfio eu que essa era pra Isabella também.
26. Grand Torino – Clint Eastwood fez a melodia e pediu pro Jamie fazer a letra do tema do filme homônimo. A parceria deu certo e a canção caiu com uma luva no final do emocionante longa-metragem.
27. I love this – Essa é nova! Inspirada nos dias em que jogava futebol de meia com o vô quando era criança. Quando se trata de futebol, inglês é igual brasileiro, né? Adoro essas músicas que falam sobre a insignificância do dia-a-dia.
28. So They Say – Nova também! Cheia de ritmo, Jamie manda um recado para George Bush.
29. I’m all over it – Num show recente, antes de cantar essa, Cullum foi explicar a origem da música. Jamie: Nessa música eu quis fazer uma coisa mais pop, meio Elton John... Essa canção é sobre um cara que acabou de ser rejeitado pela namorada... Platéia: Ooooouch! Jamie: Calma, não se preocupem! A história tem um final feliz! Aí no início ele fica muito triste e tal, mas depois ele fica tipo: “Uhu! Ser solteiro é o máximo!”. Ficou ótima. É primeiro single do próximo disco. Hoje eu vi um vídeo dele explodindo alguma coisa pro clipe. Ai Cristo! Esse menino não pára nunca!
30. Dindi – JC cantando Jobim em português! O sotaque deu um charme todo especial à canção.

Ufa! Cansei!
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Jamie Cullum, o eterno twentysomething

Como você já deve ter percebido, eu sou fã desse cara. Nosso caso de amor começou quando Mind Trick tocava em Belíssima, mas não foi um caso de paixão arrebatadora. Lembro-me de ter achado a música boa e ainda era tema do lindo do Vladmir Brichta. E baixei a canção. Só essa.

Passou-se um tempo e ouvindo um podcast com a participação de Sandy e Junior, indicando algumas de suas músicas preferidas, ambos tocaram JC em suas listas (a Sandy escolheu But for Now, e o Junior Get Your Way). Antes disso, ela também já tinha dito uma vez que JC era o cantor preferido dela. E na página do UOL, só dava ele como sugestão de download. Na época, apesar de gostar de Mind Trick, não ligava o nome à pessoa. No tal podcast, achei But for Now chata e Get Your Way legal.

Bom, como o nome Jamie Culum já estava começando a se repetir muito na minha vida, resolvi ouvir o último CD dele na Rádio UOL, Cachting Tales. De 1ª, achei o CD um pouco parado e não deu vontade de ouvir de novo.

Eu não queria dar outra chance ao cara. “Ele canta jazz. Música de velho.”, eu pensava comigo mesma. Mas minha irmã insistiu nele (ela gosta das músicas lentas) e baixou o CD mesmo assim. Ela correu atrás das letras e tentou e convencer de que JC era legal.

De fato, Jamie Cullum é um cara que se precisa ter paciência para escutar. Suas músicas, assim como sua aparência física, não conquistam logo de cara. Aliás, se dependesse de beleza, Seu Jamie estaria perdido. Baixinho, descabelado e com cara de maluco, ele não é do tipo que chama atenção nas baladas. Eu o acho até meio parecido com o nosso Felipe Massa. Mas isso não faz a menor diferença. Jamie Cullum tem carisma e conteúdo e se você parar um pouco e prestar atenção ao que ele diz, logo percebe sua genialidade.

Gênios, sempre incompreendidos...

No início, comecei a simpatizar somente com as canções mais agitadas (ou menos lentas) do álbum (Get Your Way, London Skies, Photograph, Mind Trick...), mas adorei quando minha irmã me contou que ele tinha feito London Skies para a então namorada brasileira dele, que odiava o céu cinzento de Londres. Opa! Agora o JC estava começando a ficar interessante. Música pra namorada BRASILEIRA... Que fofo!!

A partir daí, comecei a procurar biografias, entrevistas e vídeos no YouTube, e descobri que, além de romântico, ele era ainda mais louco do que deixava implícito em 7 Days to Change Your Life.

É a maior injustiça a mídia querer vendê-lo como Sinatra de tênis, ou Norah Jones de calças. Não que eles não sejam bons, mas é que ambos carregam o estigma de fazer canções que vão agradar principalmente a sua mãe, como Roberto Carlos. Jamie Cullum está longe disso. É impossível rotular o garoto. Eu não sei nem dizer se ele faz jazz misturado com pop ou pop misturado com jazz. JC transpira jovialidade e irreverência. Sua performance no palco está muito mais para Ivete Sangalo do que para Frank Sinatra. O cara não consegue ficar parado. É um show man nato!

JC é engraçado, não penteia o cabelo, sempre canta sucessos da música pop nos shows (teve um que ele até trocou a letra de Don't cha para Don't you wish your boyfriend was SHORT like me), corre pro meio da platéia, faz dancinhas ridículas e arrebenta com o piano. Eu não queria ser o piano dele, sinceramente. O bichinho sofre viu! Jamie toca o instrumento com a cabeça, com o banquinho, batuca o coitado e quase sempre sobe em cima dele e o usa como trampolim para saltos acrobáticos.

Não bastasse toda a simpatia (e loucura), JC esbanja talento. Canta muito e toca tudo que é instrumento. Suas canções falam de tudo e quase sempre com um toque de ironia que lhe é peculiar. Recentemente, ele cantou uma nova canção Love Ain't Gonna Let You Down e comentou que se orgulhava muito dela porque tinha conseguido manter a letra livre de piadas do início ao fim. Seu repertório contém as românticas, as de fim de relacionamento, as críticas sociais, e aquelas que saem de coisas simples como resoluções de ano novo, um jogo de futebol de meia com o avô, as lembranças do primeiro beijo e até livros de auto-ajuda (as minhas preferidas). Jamie é um sopro de originalidade no meio de toda a mesmice que anda por aí.

Conforme eu ia ouvindo o Catching Tales com atenção, olhando as letras, e as histórias por trás delas, cada vez mais eu ia me convencendo de que o cara era bom mesmo. Mais do que músico, Jamie é mágico (ainda vou fazer uma camiseta dessas). Ele pegou Everlasting Love, que era assim, e transformou no belo tema de O Diário de Bridget Jones 2.

E depois de escutar atentamente seu outro álbum mais antigo TwentySomething, eu tive que dar o braço a torcer de uma vez. JC era gênio e tinha ganhado uma fã. Hoje eu sou completamente apaixonada por ele e todas as suas canções, inclusive aquelas que eu não gostava antes.

Uma pena eu ter percebido isso só depois de ele vir ao Brasil (foi uma questão de meses!!!) . Mais um pouquinho eu não fui lá assisti-lo ao vivo. “Never thought I’d regret the excuses that I’ve made”.

Mas não tem nada não. Esse ano, finalmente ele vai lançar outro CD (já era hora, né, Seu Jamie?) e com ele outra turnê e se Deus quiser ele volta ao Brasil, mesmo tendo terminado com a Isabella. (porque ele tinha que terminar com ela? Por quê? Por quê? rs). E quando ele vier, pode crer, eu vou estar lá pra ver.

Só me bate um aperto no coração porque ele não vai cantar mais TwentySomething ao vivo. Afinal, hoje está entrando para o time dos ThirtySomething. Eu acho a maior bobeira, porque palhaço do jeito que é, Jamie pode ter a idade que tiver, que sempre será um twentysomething de coração.

Parabéns, Jamie!
Ó a cara de criança feliz dele! Parece até o Cebolinha com esse cabelo! Não é possível essa criatura ter 30 anos. Deve ter falsificado o documento, só pode!
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ooops, she did it again

Crítica de Princesa para Sempre. Contém Spoilers!

Terminar uma obra de sucesso é uma grande responsabilidade. Quando ela se prolonga por quase 10 anos na vida dos leitores e os dois últimos volumes deixam várias perguntas em aberto, a responsabilidade é maior ainda. E quando acrescenta-se o fato de que os finais de cada volume já lançados são literalmente um capítulo à parte na história contada, você imagina o tamanho do problema que Meg Cabot tinha criado para si mesma.

Além de fazer um final que não desapontasse, ela ainda tinha que honrar toda a trajetória de seus personagens, mostrá-los mais maduros - sem perder a personalidade única de cada um, nem o senso de humor que caracterizou a série - e se superar no quesito clímax. Não podia ser só mais um bom final. Tinha que ser O final.

Depois de ler 20 ou mais livros seus, eu aprendi a confiar em Meg Cabot. Quando eu pensava que ela não tinha mais nada pra inventar, e que não dava pra ficar melhor, ela ia lá e fazia uma coisa ainda mais inteligente! Então, quando eu fui ler o 10º livro em inglês mesmo (esse era um livro muito importante pra ficar dependendo da tradução da Ana Banana. E olha que bonito, ele chegou aqui em casa no dia do meu aniversário!), eu sabia que tia Meg não ia me decepcionar. Afinal, se Mia Thermopolis é a princesa de Genovia (para sempre, aliás), é porque Cabot é a rainha dos finais felizes.

E como não podia deixar de ser, assim como sua ídola Britney Spears, Meg Cabot conseguiu de novo (did it again)! Meg simplesmente arrebentou. Ela tinha prometido o melhor final de série de todos os tempos e cumpriu! Por isso, quando eu li aquele “final feliz” (literalmente) eu quis voar até os EUA e dar um abraço nessa mulher.

E depois eu quis bater nela por me fazer ficar lendo até as 4 da manhã e depois não conseguir mais dormir de tanta adrenalina na veia. Dia 10 de março – quando eu terminei de ler e aniversário da Jami – eu parecia um zumbi. Meu corpo clamava por cama. Mas eu deitava e não conseguia dormir! Foi ridículo. Eu achei que nunca mais ia conseguir pregar os olhos, então comecei a gritar pela casa: “Eu quero dormir!”, como se isso fosse resolver alguma coisa. Definitivamente, Meg foi a culpada. Já desisti dos tabefes, mas o abraço está guardado para a Bienal. Voltando ao livro...

Toda a parte inicial funciona quase como um índice de todos os eventos importantes que estão para ocorrer pra já ir criando expectativa para os mesmos. A vida social da Mia nunca esteve tão movimentada. Confesso a você que no começo eu achava que alguns dos temas pareciam meio bobos e ficava pensando: “Mas qual o grande problema disso?”. Só que aí, depois o livro foi se desenrolando e as coisas que eu achava bestas foram se entrelaçando de uma maneira tal que provaram que não eram nada bobas.

Princesa para Sempre começa com uma entrevista pra lá de esperta e engraçada da Mia para a teenScene, – que nos faz um pequeno resumo do que se passou nos últimos dois anos e o que ainda estava por vir – segue com as cartas de aceitação para a faculdade, quebra o clima com as cartas de rejeição do Liberte meu Coração, e depois de uma breve troca de mensagens de texto e convites para festas e bailes de formaturas, finalmente adentramos o diário de Mia pela última vez.

E ali na primeira frase do diário, eu consegui ficar mais arrebatada do que já estava (eu já estava mega-feliz desde os agradecimentos aos leitores. Não tinha o meu nome lá, óbvio, mas foi quase como se tivesse). E esse sentimento se repetiu muitas vezes ao longo das quase 400 páginas do livro.

A 1ª frase do último diário fazia alusão à primeira frase do 1º volume da série! É pra matar do coração isso, né não? Faltou pouco pra eu precisar dos equipamentos da Pavlov Surgical. rs

Antes de tudo, Princesa para Sempre é uma grande homenagem aos livros anteriores. Os leitores mais atentos (ou os mais viciados) vão perceber referências a antigos volumes em praticamente todos os capítulos. Desde as mais descaradas até as mais escondidas (tipo essa da 1ª frase). Revisitamos antigos lugares que foram importantes em algum ponto da história (NY está mais presente do que nunca, com direito a muitos lugares novos para eu acrescentar a minha listinha de pontos turísticos quando eu for lá), somos revisitados por personagens que fizeram parte da vida da Mia em algum momento (só não apareceu no 10 quem não tinha desculpa para aparecer, ou ia atrapalhar o enredo. De resto, tá todo mundo lá), frases e situações antológicas são revividas e objetos do passado são reencontrados. Ler DP10 é um grande teste de memória. (Eu que tinha relido os 9 anteriores em preparação encontrei a maioria dos detalhes, mas ainda deixei passar alguns deles.) Foi tudo extremamente amarradinho – dando aquela sensação de que nada do que passou foi em vão, exatamente como todo fim de série deve ser.

E também como todo final que se preze, tem que ter aquela big festa em que todos os personagens aparecem e confraternizam. E como todo livro do Diário que se preze, essa festa tinha que ser surreal e bombástica. O aniversário da Mia tem show de ninguém menos do que Madonna cantando os hits das antigas (É Meg, não precisa nem dizer que você é que sempre quis um aniversário desses! Rsrs). Sem contar as 3 centenas de celebridades que rendem uma piadinha ótima sobre a Angelina Jolie e sua prole. A chegada dos convidados parecia até o tapete vermelho do Oscar. E o melhor de tudo: esse povo todo fez total a diferença para a trama! Se eles não estivessem lá, milhões de coisas seriam diferentes. Sem dúvida, uma das melhores partes do livro. Só senti falta da Anne na festa. Sério. Ia ser hilário se ela fosse. Meg vacilou aí. Hehe!

A cada capítulo que passava, eu queria chegar logo na outra página e quando o Michael estava em cena então, o coração batia até diferente: Mi-chael, Mi-chael! As passagens com ele são definitivamente as melhores. Nesse livro, o cara está simplesmente irresistível!!!! Nunca ele esteve tão presente, engraçado, irônico, confiante, bonito... e rico! Se ele pedisse, eu casava! Hahaha! Cheguei a reler várias vezes a parte da cafeteria (a melhor!) e a do Boathouse (acho que a 2ª melhor).

A dose de emoção aqui também foi além do comum. Pela 1ª vez, o Diário levou lágrimas aos meus olhos. Todas as cenas de despedida foram matadoras. A parte da Mia limpando o armário e depois andando pelo corredor da escola pela última vez (poucos meses antes eu tinha feito algo semelhante. Só a parte do corredor. Minha escola não tem armários. Apesar de que aquele negócio dos bilhetinhos deu mó saudade dos tempos de colégio), o discurso sobre amizade quase no final, a parte em que ela faz um balanço desde quando ela descobriu que era princesa até ali (ela tinha que lembrar que estava acabando, né!)... E umas outras partes idiotas, mas que eu também me identifiquei. Eu super subutilizava o computador da escola procurando besteira no Google com os amigos, igual ela ficou lembrando uma hora (é incrível o que a gente não descobre sobre os nossos professores na Internet! Há há! Saudades desse tempo bom!) e mesmo que não tenha nada a ver, meu pai também super fica justificando qualquer ação do meu comportamento como sendo fruto da faculdade (quando a mãe da Mia falou algo do tipo, eu pensei: “Não acredito que ela tá falando isso pra garota, coitada!”).

Como a série é auto-biográfica, não podia ficar de fora a dificuldade da Mia em publicar o seu livro (coisa que realmente aconteceu com ‘O Diário’ antes de virar sucesso). Os pedaços do livro da Mia colocados dentro do DP10 ficaram em pontos absolutamente estratégicos, fazendo assim um diálogo bem legal entre as duas obras.

Resumindo, eu achei perfeito. Foi um final muito digno e absolutamente bem feito, fechando o ciclo de maneira brilhante. Dona Meg teve um cuidado extra-especial na hora da escolha das palavras nesse livro. É até difícil de acreditar que a autora escreveu enquanto estava doente, de tão bom que ficou.

Alguns podem dizer que o final foi um pouco previsível, mas é porque para bom leitor, meia palavra basta e as dicas estavam lá pra todo mundo ver (só a Mia cega que é que não viu! Rs). Entretanto, os eventos até o fim não são tão previsíveis assim, tanto é que não me impediram de roer todas as unhas e depois atacar o pacote de sucrilhos (eu tive que mudar de estratégia uma hora, senão ia acabar sem dedo), nem de dar soquinhos no ar à lá Pelé quando as minhas previsões se confirmaram. Talvez o JP chamar os paps tenha sido um pouquinho demais, mas eu já desconfiava disso desde o 9 (eu sou uma boa leitora) e não é como se ele não tivesse feito coisas piores antes, nem como se eu torcesse por ele algum dia (Ele só me enganou no final do 7, mesmo assim no 7 ½ , eu já saquei ele). E talvez o livro também pudesse ter umas 30 páginas a menos no início... Mas nada que comprometesse e tirasse o brilho da série. Tia Meg ganhou pontos extras por se preocupar com cada detalhe (se você não estiver muito atento, vão passar até desapercebidos), então continua com nota máxima e estrelinhas de bônus.

No mais, é a boa e velha Mia de sempre - mais madura e um pouco mais esperta sim, mas que a gente ainda tem vontade de dar uns cascudos de vez em quando – somada aos ótimos diálogos, às referências a cultura pop e mais umas meta-referências da vida real que a gente adora. (O que foi aquela parte do final que ela falou algo do tipo: “Eu não vou escrever aqui porque é muito íntimo, até mesmo para esse diário. VAI QUE ELE CAI EM MÃOS ERRADAS”? Ha! Demaaaaais! Rolei os olhos, olhei pra minha mão e me senti A espiã nessa hora. Só essa frase já valeu a ausência de descrição da aguardada cena final. E vamos combinar que seria algo absolutamente desnecessário. O fragmento do Liberte meu Coração ali já dava conta do recado.)

Com toda certeza, Mia vai deixar saudades, mas não é como se ela dissesse “adeus pra sempre”. É só um “até logo”. De vez em quando, quero dizer, de vez em nunca, ela ainda posta no seu recém-criado blog (o post da posse do Obama é o melhor!) e apesar do ponto final (final mesmo!) da história, a autora deixou totalmente o circo armado com a turma ainda morando em NY para eventualmente a gente fazer uma visita. Afinal de contas, como o título já deixa bem claro, o carinho pela nossa princesa favorita é para sempre.

Diz que eu não tô maluca e que tem dois símbolos do infinito na capa.
Mia ia ODIAR isso! Fatão!
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Michael, 7th Heaven e Renee Olstead

Um dia, nessa de Googlar tudo pra ver o que a gente descobre, acabei por fazer não um círculo perfeito como acontece nas revistas quando inventam de fazer aquelas matérias de ligar coisas nada a ver, mas um negócio muito doido que toda hora fazia referência ao início e continuava indo para frente.

ObS. A Renee Olstead é aquela menininha que fica no elevador com a Jennifer Garner em De repente 30. É claro que agora ela já não é mais uma menininha, uma vez que completou 20 primaveras esse ano. ;)

No final do DP10 - Princesa para Sempre, o Michael faz uma referência ao episódio de 7th Heaven, Breaking Up Is Hard To Do, que também é nome de uma música que eu pensei que tinha sido regravada pelo Michael, o Bublé, mas acontece que ela foi regravada pela Renee Olstead, cantora "descoberta" por David Foster(que por sinal, também é o mentor do Buble) e que teve sua música A love that will last na trilha de O diário da Princesa 2, que não tem nada a ver com os livros aliás, porque nele o Michael nem aparece, mas isso não vem ao caso.

Renee andou um tempo sumida (tipo o Michael mesmo. O Moscovitz) mas agora está de volta (também igual ao Moscovitz) e atuando numa série chamada The Secret Life of the American Teenager, que tem como produtores os mesmos caras de 7th Heaven (que o Michael citou no DP10) e no elenco ninguém menos que Molly Ringwald, ícone da década de 80, cujo o papel mais famoso foi em A garota de rosa choque, filme esse que foi altamente citado em DP5 - A princesa de rosa choque, por conta da temática do Baile de Formatura, que para o Michael, aliás, é maior babaquice, mas que também é onde o Michael faz a citação a 7th Heaven em DP10 - Princesa para sempre.

PS. E pra não ser chata eu nem falei que no mesmo baile também há uma citação(que até agora eu não entendi) a Josh Groban, cantor que mistura lírico e pop, que também é uma das pupilas de David Foster também produz a Renne e o Buble, que já namorou Emily Blunt do Diabo Veste Prada, que agora está com um carinha de The Office, que trabalha com o Steve Carrel, que já trabalhou com a Anne, que já fez O diário da Princesa, mas que também já fez um filme com o Hugh Dancy, que também fez um filme com a Emily Blunt sobre mulheres que comparam suas vidas a livros de Jane Austen, que já foi interpretada por Anne Hathaway em Amor e Inocênia, que ficou amiga da Emily por conta de O Diabo Veste Prada. Talvez a citação fosse porque o Josh Groban contou com a participação do Joshua Bell - violinista famoso que já ganhou alguns Grammys e é idolo do Boris, também do Diário - em uma de suas músicas. Mesmo assim não tem nada a ver porque nem foi o Boris, que adora o Joshua Bell e fazia parte de uma banda com o Michael, que odeia bailes, que falou rs

PS2. Depois de baixar o tal episódio, descobri na série Jessica Biel no alto da sua adolescência e Ashley Tisdale fazendo uma ponta criancinha com os cabelos morenos e cacheados. Aliás, a Ashley é que a a responsável pelo tal comentário do Michael no fim do livro.
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