sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Meg-a relato da melhor Bienal de todos os tempos - parte Final

Antes de continuar o relato, gostaria de fazer algumas considerações sobre a Bienal nesse dia.

1- Esse papo de que brasileiro não lê é a maior conversa fiada.
Caso contrário, o evento não atrairia 100 mil pessoas para ao RioCentro num fim de semana de tanto calor quanto esse. As pessoas simplesmente iriam a praia. Mas a Bienal estava muito, muito, muito cheia nesse domingo. Tava difícil até de andar e a aglomeração de pessoas fazia tudo ficar ainda mais quente.

2- Sexta-feira estava tudo muito tranqüilo. Domingo não.
Muita gente ficou sem senha (a procura era muito maior do que a oferta, infelizmente). E o que era a fila do autógrafo do domingo? Cristo Jesus! Ainda bem que eu fui na sexta! Aquela fila começava no estande da Record e ia até lá fora dando a volta entre as passagens para os Pavilhões Laranja e Verde. ERA MUITA GENTEEEE! Fiquei com pena do povo e da Meg. Sério mesmo.

3- Os organizadores da Record são muito mais legais do que os organizadores da Bienal.
Algumas pessoas que entraram nessa última fila que eu comentei saíram só pra ir ao banheiro e quando voltaram, foram mandadas de volta para o final, mesmo isso não fazendo a menor diferença, porque se o problema era guardar lugar na fila pra não poder ficar na frente, deviam ter proibido guardar lugar lá dentro do auditório também. Não que eu fizesse alguma questão de sentar mais na frente. Só acho que não precisava essa palhaçada toda. O pessoal da Bienal estava muito estressado. Eu reparei que a mulher vestida de bege e com rabo de cavalo que me lembrou a Emily Blunt do Diabo Veste Prada até tinha afrouxado a sandália porque já estava agüentando mais. Eu já estava até vendo a hora dela jogar aquele negócio na cabeça de alguém. Eu hein! Maracujina neles!

4- Meg Cabot estava tipo Michael Jackson nesse dia.
Tanto pela quantidade de fãs que se amontoaram na porta da Bienal desde as 7h, antes mesmo da feira abrir as portas (diz que quando foram abertas, parecia uma manada correndo enlouquecida em direção ao estande da Record, à la Rei Leão), quanto pelo assédio de muita gente em cima quando ela passava, fora as muitas pessoas que declararam a terem visto de longe, quando na verdade, elas só estavam enxergando outras pessoas que nem se pareciam com a Meg. Hahaha! Sério. Mais Michael Jackson impossível. Na verdade tem mais uma coisinha também, mas essa vai ficar pra daqui a pouco.


Agora sim. Continuando...

Ainda dia 13 de Setembro

Bom, essa já era a 3ª fila do dia. Eita nóis! Brasileiro gosta de fila mesmo, hein! E pra variar as pessoas da fila são um showzinho à parte no meio de toda a excitação que era ver tal da palestra, que também estava num clima meio show de rock.

Pra todo mundo se inteirar, aí vão mais causos da fila. Como não estavam deixando as pessoas saírem, ocorreram algumas situações divertidas, tipo:
- Um pai entregou uma pizza tamanho família na fila e a filha e suas amigas comeram ali no chão felizes da vida. Fizeram o maior convescote. Ele ainda disse que qualquer coisa, era só chamar ele de novo. Um novo significado para a expressão Pizza Delivery.

- E depois que o povo todo tinha acabado de comer, hein? Não podia levantar e jogar no lixo então, uma menina pediu pra um segurança (anotação mental: seguranças são mais legais do que a gente imagina) levar o lixo dela dali. Só que todo mundo achou que ele estava levando lixo pra geral, então aproveitou e fez o cara de lixeiro. Tadinho do moço!


- Uma outra menina, com uma fatia de pizza inacabada, também não podia jogá-la no lixo, então começou a perguntar se alguém estava com fome pra terminar o pedaço. Ninguém quis a pizza mordida, claro. Aí eu falei pra ela guardar pra Meg porque ela andava reclamando que estava passando fome. Hahaha! Nem sei que fim levou essa fatia, mas acho que a Meg não a recebeu, não. Hehe!


- Também na fila, a gente descobre que esse negócio de fome, sede, banheiro e cansaço é tudo coisa da nossa cabeça. Quando se tem coisas mais importantes para se pensar, nosso cérebro se esquece disso tudo. Meu corpo só foi doer e a fome aparecer depois que a palestra já tinha acabado.


Enquanto acompanho a saga do pessoal, vejo que há uma mesa cheia de fones de ouvido e logo percebo que devem ser pra tradução simultânea. Eu tinha pensado que a Meg ia falar e ia ficar alguém do lado traduzindo, o que, claro, ia cortar todo o clima da palestra porque eu já tinha ouvido e assistido a uns bate-papos desses pela Internet e a tradução ia matar o timing perfeito da Meg, mas quando vejo os fones ali fico muito feliz. Essa Bienal estava muito chique, vou te contar, hein! Até tradução simultânea tinha! Não que eu precisasse, mas é preciso pensar no próximo, né!

Quando chega a nossa vez de deixar a identidade (pra garantir que as pessoas não iam levar o fone pra casa) e pegá-lo, eu dou um “Muito Obrigada” pra lá de agradecido pra moça dos fones, porque, sabe como é, o pessoal da Bienal estava muito estressado, então se a gente tratasse eles bem, talvez eles ficassem mais amáveis.

Eu e a Jami sentamos logo e tentamos adivinhar por onde a Meg ia vir. Primeiro pensamos que ela iria chegar pela porta onde a gente entrou. Depois por uma outra porta do outro lado do auditório e por último cogitamos a hipótese de ela brotar do chão à la Michael Jackson, ou Sandy e Junior no show do Maracanã. Ia ser tudo isso, né? Hahaha! Então eu lembro de que nos dias que antecederam o grande encontro eu já estava até cantando Não Dá pra Não Pensar com outros sentidos. Aí a gente começa a cantar a música, enquanto encaixa a letra no novo contexto. Adoro fazer isso. A músicas ganham outro colorido depois dessas coisas.

A gente já conseguia se conter na cadeira, e Brown Eyed Boy não saía da minha cabeça. Daí a gente começa a bolar umas perguntas idiotas, caso eles abrissem uma parte para perguntas mesmo. A nossa intenção, caso fôssemos escolhidas, não era nem saber a resposta –acho que eu já sabia a resposta de qualquer pergunta que fizessem- , mas descontrair e quebrar o protocolo. Era uma mais bizarra que a outra:
o/ - Meg, no DP10, na lista de perguntas que a Mia faz pra entrevistar o Michael tem uma pergunta que é assim: “Se você fosse um bichinho, qual bichinho você gostaria de ser?”. Então a gente queria saber: “Meg, se você fosse um bichinho, qual você gostaria de ser?”

o/ - Meg, como é que a Mia consegue escrever dentro do carro? Porque a gente já tentou fazer isso e não conseguiu, não!


o/ - Meg, uma dúvida que sempre passou pelas nossas cabeças e que a gente já passou horas e horas discutindo: A letra da Mia é feia ou bonita? (sério, a gente já discutiu muito isso! Muito útil essa pergunta, vai! Hahaha!)

Entre muitas outras...

Dentro do auditório, toca uma musiquinha instrumental, que se reflete no fone. No início, eu acho a música uma fofura, mas depois eu começo a ficar meio de saco cheio dela, porque a Meg não chegava nunca. Penso em puxar um corinho: “Ô Meg, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!”, porque a tensão ali era digna da emoção pré-show, mas claro que não grito isso. Ia ser muito mico. Hahaha!

Mas eu gritei, sim, e da mesma maneira que eu grito quando vou a um show quando a Meg chegou. Eu não foi só eu não. A platéia toda estava muito animada e a Meg, já incorporando a sua personalidade popstar (sério. Ela tava adorando aquilo tudo), acenava feliz da vida pra todo mundo lá do palco.

Quando a moderadora finalmente passa a palavra para a Meg, ela gasta todo o seu vasto vocabulário de português arriscando uns:
“ Tutto bene?” (Meg, isso é italiano de Terra Nostra, não é português, não!),
“Obrigada” (eu gritei “De nada” pra essa! Hahaha),
“Onde fica o banheiro?” (Ela adorou essa frase. Tudo era motivo pra ela ficar perguntando onde ficava o banheiro. Muito boba, cara!),
“Um tempo, por favor”,
“Vocês são muito bonita” (nessa daí todo mundo gritou de volta: “You tooo!”).
É desnecessário dizer que as meninas estavam todas em polvorosa nessa hora e assim ficaram até o final.

Aliás, eu ia ficar até semana que vem aqui só tentando descrever a palestra toda, e a reação do público e não ia ficar tão legal. É impressionante o dom que essa mulher tem de se comunicar. A entonação e as caras e bocas que ela faz são impagáveis! Quem quiser ver, tem a palestra no YouTube na íntegra (não fui eu que coloquei). Gente, eu tô aqui assistindo aos meus vídeos palestra de novo e tô impressionada com o que eu fiquei falando durante o evento. È uma bobeira maior que a outra. Ainda bem que a Meg não ouvia lá da frente. Hahaha!

Mas então, por isso, vou dar ênfase só aos momentos mais legais, tipo:
- Quando ela mostrou a foto da família e falou que o pai dela parecia “Da Máfia”. O pior é que parecia mesmo. Hehe!

- Quando ela mostrava os slides com as capas dos livros no Brasil e depois ainda mostrou uma foto do site da Record e do blog dela e do e ainda falou que todo mundo ia estar no blog no dia seguinte (e ela cumpriu a promessa mesmo!). Sério, a gente se sente tão no mapa com essas coisas. Eram uns dos momentos que as meninas mais se manifestavam: “uhuuuuuu”.


-Teve uma hora que a moderadora ofereceu um laser pra ela apontar na projeção, aí a Meg falou assim: “Ah, não. Eu não confio nesse negócio”. Hahaha!


-A historinha da Anne perguntando se ela tinha feito um bom trabalho na premiere do DP e chorando e o marido da Meg emprestando um lencinho... Diz ela que nunca mais lavou o tal do lenço. Hahaha!


- Na palestra da Esther, ela ainda falou da última foto em que ela está deitada escrevendo: “Vocês estão vendo essa foto aí, em que eu estou deitada na cama escrevendo? Pois então, ela é a maior mentira. Não é assim, toda bonitinha, que eu escrevo. Quando eu tô escrevendo, eu fico de pijama na cama e tem um monte de comida espalhada pelo quarto... É nojento!”.


Depois, abriram a sessão de perguntas:
-Pergunta: “Meg, por que os filmes da Disney ficaram tão diferentes dos livros?”
Meg primeiro responde que foi por causa do Garry e das netinhas dele e tal (isso tem nos extras do DVD) e depois acrescenta a clássica conversa com a produtora sobre matar o personagem do pai, que ela sempre conta. Outro dia eu sofri tentando explicar pra minha mãe que o pai no livro era vivo. Muito vivo! Aí tive que apelar pra história que a Meg contou:

Produtora: Oi, Meg. Então, a gente estava querendo fazer umas modificações no filme, e a gente vai ter que matar o pai.

Meg: Matar o pai? Mas o que ele fez?
Produtora: É que a gente tava querendo contratar uma atriz pra fazer o papel da avó, e pra ela ficar com mais falas, a gente ia ter que matar o pai...
Meg: Que atriz?
Produtora: A Julie Andrews.
Meg: Mata o pai.

-Pergunta: “Meg, eu queria saber como é que você cria esses caras tão perfeitos dos livros? Em que eles são baseados, no seu marido?”

Meg: Ah, não, eles são baseados em um monte de garotos que eu conheci e tal. E vocês têm que se lembrar que os garotos sempre têm defeitos. Até nos livros. Eles parecem perfeitos, mas sempre tem alguns defeitos, eles são todos meio irritantes... Tipo o Jesse, e o Michael, que às vezes é meio irritante também... Então, quando vocês forem namorar, lembrem-se que os meninos não são perfeitos... Exatamente como nós. Quer dizer, eu sou, mas... (pausa para risadinha) Mas então, vocês têm que encontrar o garoto que é mais perfeito pra vocês. Por exemplo, o meu marido. Ele tem um defeito terrível. Ele cozinha pra mim o tempo todo! Mas eu não reclamo, porque esse é um defeito que eu gosto... Então, quando vocês forem escolher um garoto, escolham aqueles que têm os defeitos perfeitos pra vocês.

- Pergunta: “Meg, eu queria saber o que você faz quando está com falta de criatividade?”
(eu achei essa a melhor pergunta. E também a que teve a melhor resposta, porque acho que foi uma coisa que ela não esperava responder. Então, ficou muito autêntica, sabe?)
Meg: Ah, isso é terrível! Ninguém sabe a resposta. Eu não sei... Eu como... (risos) Aí eu pergunto pro meu marido e pros meus amigos o que fazer e eles respondem: “Ah, não sei... Come mais...”. Aí eu pergunto pra JK Rowling o que ela faz quando isso acontece com ela e ela responde: “Eu não sei. Isso nunca acontece comigo...” Hahaha! Boba demais!

- E por fim, Meg terminou a palestra com uma lição para levarmos para nossas vidas:
Meg: Vocês se lembram daquela personagem, Lana Weinberger? Então, ela foi baseada numa pessoa real: Lana. Eu esqueci de mudar o nome dela, porque eu achei que ela não ia ler o livro e que isso não era importante. ... Só que depois que saiu o filme, eu recebi uma carta da Lana. E ela dizia: “Querida Meg, eu vi o filme do seu livro, O Diário da Princesa”, Aí eu pensei: “Ai meu Deus, aquela safada da Lana vai me processar!”. Então, eu continuei a ler a carta: “Querida Meg, eu não sabia...”. Aí eu pensei que ela ia complementar: “Eu não sabia que eu tinha sido tão má com você na escola. Me desculpa mesmo”. Mas não. Não dizia isso. Dizia assim: “Eu não sabia... que você era... uma princesa!” (muitas risadas) Então, eu queria dizer uma coisa pra vocês meninas do Brasil. Se tiver uma menina que for muito má com você na escola, ou no trabalho... Talvez ela não seja má. Talvez ela seja só idiota!”

Fim da palestra. Meg sai absolutamente ovacionada porque ela simplesmente faz jus a todo o status de popstar que ganhou. Ela merece! Ela merece! Agora era só esperar a grande fila que se formava para sair do auditório e entregar os fones de volta.

Enquanto a gente aguarda a saída, toca aquela mesma musiquinha instrumental que eu tinha achado fofa no início. Agora ela estava realmente me deprimindo porque ela me lembrava que depois de todos os preparativos e excitação e correria, aquilo tudo tinha acabado. E tinha sido tão perfeito, sabe? Juro pra você que enquanto eu estava sentada esperando a minha hora de sair, até caiu uma pequena lágrima dos meus olhos. Não sei se era tristeza pelo fim daquele sonho, ou felicidade porque ele tinha se concretizado tão magicamente. Talvez fosse um misto dos dois. Ou, talvez, não sei bem, fosse a tal da auto-realização se manifestando...

Agradecimentos especiais

Primeiramente a Deus, por ter orquestrado todo o universo para que tudo acontecesse extremamente perfeito do jeito que foi.

Ao meu pai. Nosso motorista, fotógrafo e cinegrafista oficial em todos os eventos das nossas vidas.

A minha mãe, que atendeu ao telefonema da editora e não pôs tudo a perder.

Às minhas amigas e irmã, por compartilharem dessa loucura e entrarem no espírito da coisa, gastando horas de trabalhos manuais e dando gritinhos histéricos nas horas mais especiais. Sem vocês, não teria metade da graça.

Ao pessoal da Record, que não só realizou meu sonho de trazer a Meg a Bienal, como também a levou a várias cidades para que muito mais sonhos se tornassem realidade, e foram todos uns amores, não só comigo, mas também com todos os fãs que compareceram aos eventos.

Às operadoras de celular, que não nos deixaram na mão quando nós mais precisamos delas.

E especialmente... a Benjamin Egnatz, que ficou nos EUA cuidando da Henrietta (a gata) enquanto a Meg curtia o Brasil, apesar de que eu queria muito ver a cara dele (Você escapou dessa vez, Ben, mas um dia a gente ainda tira uma foto sua! Hahaha!).

E claro, eu não poderia deixar de agradecer a ela, a diva de uma geração, aquela que fez multidões gritarem o seu nome e parou a Bienal quando passou. Um beijo especialmente para você...Xuxa! ... Valeu por tentar atrapalhar a chegada da Meg no dia 11, viu! ¬¬

Sério agora. Um “Obrrigada” especial a Meg Cabot, que curtiu muito o nosso país e tratou todos os fãs com a simpatia que lhe é característica, falando até um pouco português e puxando assunto com todo mundo, recebendo os presentes (e mostrando pra galera!) mesmo até cansada e com fome. Se eu já gostava dela, agora então, nem se fala. Ela tem que voltar logo agora, porque a gente já está com saudades. Meg, you have to come back! You have to come back, Meg! [Jack de Lost mode on] hehe

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Meg-a relato da melhor Bienal de todos os tempos - parte 3

Dia 13 de Setembro

Uau! Que dia foi esse?! Muita correria e altas emoções. Ele foi movimentado do início ao fim, principalmente porque cada um ia fazer uma coisa diferente na parte da manhã, para só então partir para a Bienal e ver a palestra da Meg. Sente só:

-Meu pai acordou às 4h da manhã para uma corrida em Petrópolis
-Esther tinha prova da UERJ até as 13h
-Jamille tinha que cantar na igreja
- E eu tinha que levar a Esther até o local da prova logo cedo

Acordo às 7h junto com a minha irmã. Levo-a até a escola em que ela faria prova, que fica no outro lado da cidade.

Quando volto pra casa, entro na Internet pra ver o número do bus que eu ia ter que pegar em Cascadura.

Saio de casa às 10h30, com planejado, e dois ônibus depois, chego à Bienal ao meio dia, 30 min antes do esperado. O 2º ônibus só tinha gente que ia pra Bienal. Umas meninas vestidas de preto, apesar do calor de 40ºC, fãs de Crepúsculo, iam para o evento que haveria na Intrínseca: uma festinha e encenação do aniversário da Bella.

Atravesso todo o Pavilhão Laranja e depois o Azul com muita pressa, para poder dar uma olhada no Verde e ir ao banheiro. Antes de chegar ao Verde, vejo uma fila bem grande e descubro que era a fila da palestra, a qual só começaria a distribuir as senhas às 14h. Desisto de ir ao banheiro e entro na fila. Estava arriscado eu nem conseguir senha!

A mulher da organização conta quantas pessoas havia na fila até mim. 250 pessoas! Ufa! Eu tava dentro! Era 400 senhas.

Umas meninas atrás de mim na fila, muito patricinhas por sinal, resolvem sentar no chão mesmo empoeirado pra esperar, uma vez que ainda faltavam 1h30 para a distribuição das senhas. A moça do sorvete, que estava ali do lado, avisa a elas que haviam vomitado ali perto de onde elas estavam sentadas tinha pouco tempo. ECA! Elas levantam cheias de nojo.

Eu pensei que quando eu chegasse, a Jamille já estaria lá me esperando, mas acabou que eu cheguei bem antes dela. O trânsito da Barra estava de brincadeira com ela hoje! Aquilo já estava me dando nervoso. Ela não chegava nunca! E a fila não parava de aumentar!

Quando dá 13h, as pessoas do início da fila se levantam. O pessoal da organização resolveu adiantar a distribuição das senhas em 1h, uma vez que havia o risco de alguém passar mal.

Fico desesperada! CADÊ A JAMILLE??? Mando um SMS avisando que iam começar a distribuir as senhas e onde eu estava. Ela me liga de volta e diz que está na bilheteria. Eu mando outro SMS: “Corre”. Ela me liga de novo pra perguntar onde ficava o negócio. Eu respondo quase gritando e parece que a gente não se entende. Digo pra ela atravessar todo o Azul e vir CORRENDO porque já tinha gente saindo feliz e contente com a sua senha. Ela liga dizendo que está na praça de alimentação, mas não consegue me ver. Digo que estou de azul e levanto o braço. o/ Ela me vê! UFA! Deu tudo certo. Se ninguém tivesse furado fila, a gente entrava.

Pegamos as senhas e eu ligo pra casa pra avisar que não tinha dado pra pegar senha pra Esther e que nem precisava vir.

Finalmente vamos ao banheiro. Bato a porta do reservado no dedo e começa a sangrar um pouco em volta da unha. Comento com a Jami que se o Jasper estivesse por perto, eu já estaria morta. A Jami me dá um band-aid, afinal, o aniversário da Bella ia ser comemorado na Bienal. Não se podia arriscar.

Como boa brasileira que sou, entro numa fila, no mesmo lugar da outra, pensando que era pra entrar no auditório já. A Jami vai comer antes, porque, mais uma vez, apesar da fome, eu não podia me imaginar ingerindo nada ou botaria tudo pra fora.

Descubro que eles vão liberar mais senhas e que aquela fila era pra pegá-las. Era a chance da Esther! Mas será que ia dar pra chegar? Ela me liga e eu digo pra ela correr porque eu ia pegar uma senha pra ela. A Jami volta e fica na fila pra pegar uma pro meu pai também.

Pegamos as senhas e descobrimos que essas de agora eram para uma 2ª sessão da palestra da Meg, que não estava prevista. Yes! Ia dar tempo deles chegarem. Cara, a Meg é a muito fofa messsssmo. Pediram pra ela fazer mais uma palestra porque a procura era muita e disse que tudo bem, mesmo sabendo que ainda ia ter que dar mais de 1000 autógrafos até as 10 da noite. Fico com pena dela. Tadinha, imagina só a fome e o cansaço? Ela já estava reclamando que estava jantando tarde... Penso em lançar a campanha: “ALIMENTEM A MEG, ELA PRECISA!”

Saímos correndo para a fila da entrada agora. Ao chegar lá, sentamos e respiramos aliviadas. A GENTE TINHA CONSEGUIDO! A GENTE IA VER A PALESTRA!!!! UHUUUU!

PS. A próxima parte é a última, prometo.
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Meg-a relato da melhor Bienal de todos os tempos - parte 2

Nos episódios anteriores...

O coração acelera, os pêlos se arrepiam, eu pego a câmera pra gravar ela subindo... É a Meg! É a Meg! É a Xuxa! ...

Daqui a um tempo, outra gritaria. Dessa vez era verdade. Era chegada a hora. Depois de anos de espera, eu ia conhecer Meg Cabot.
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Ainda Dia 11 de Setembro

3 coisas que eu já sabia, mas confirmei nessa Bienal
1. Meg Cabot é a escritora mais simpática da Terra
2. Meg Cabot é a pessoa mais fofa que existe

3. Meg Cabot é DIVA!


Meg sobe as escadas e eu me ajeito pra registrar o momento. Enquanto corro para gravá-la, solto um “Ai meu Deus!”, assim meio dramático e sem acreditar no que estava acontecendo. Quando ela chega lá em cima usando um vestido NADA discreto da cor DOURADA, eu já estou dando uns gritinhos histéricos, porém contidos (isso existe?): “AAAAAHH!!!”

Eu penso: “Uau! Mas como ela é alta! Ela parecia menor nas fotos”. Depois eu lembro que a Mia é alta, DP é auto-biográfico e que eu não deveria ficar surpresa com isso. Mas, mesmo assim, ela ainda está de salto! O que a faz ficar ainda maior!

A Ana, da editora, conta pra ela que nós somos as meninas dos vídeos e a Meg fala toda animada: “Oh, from the viiiideos! You guys are sooo greaat, I love it sooo …”, ela dá um tchauzinho pra multidão que está berrando demaaais lá embaixo. (Ela falando isso está ecoando na minha cabeça até hoje).

Depois todo mundo fica em volta da Meg e ela diz algo do tipo: “I love you, guys!” e ninguém consegue falar nada de volta. A única coisa que sai da minha boca é: “And we love you too”. Ela faz uma cara muito fofa e responde: “Oh, thank you. Obrigada”. AAAAHHH! Adoro gringo falando português!

O pessoal lá embaixo ainda está gritando “Meg! Meg! Meg!”, então eu falo pra Meg: “Send a Kiss”. Ela faz cara de quem não entendeu lhufas, mas nada que uma boa mímica não resolva. Faço o gesto de mandar um beijinho e ela joga um beijo pra galera. A multidão vai à loucura!


Só pra vcs sentirem o calor das pessoas no dia. Essa não sou eu.

Nessa hora todas as meninas tiram fotos com a Meg coletiva e individualmente. Quando é a minha vez, minha amigas se fazem ouvir lá de baixo: “AAAAAHH!”

Depois é a hora de autografar os livros. Eu vou pegar os meus e a Paula diz que a câmera dela sumiu! Ai meu Deus, e agora? A gente procura a câmera, enquanto as outras meninas têm seus livros autografados. Finalmente, a Paula acha a câmera. Ufa! Já pensou se ela tivesse perdido? Ainda bem que a gente achou.

A Paula entrega os livros pra Meg assinar enquanto eu as fotografo. Depois ela entrega o seu livro, Fazendo meu filme (tô fazendo mó merchan aqui, hein, Paula!) de presente pra Meg e a Meg pergunta do que se trata. A Paula responde e a Meg elogia a idéia e diz que pretende aprender português pra poder ler (é ou não é uma fofura essa Meg, hein?). Eu tiro outra foto das duas com o livro da Paula.

Agora era a minha vez. Levo meus livros e sem saber o que dizer solto um “Nice to meet you! Did you watch my video?” pra puxar assunto (eu sei, foi horrível! Mas nessa hora a gente esquece tudo o que tinha planejado dizer. Eu também achei que chegar logo dizendo que ia matá-la não ia causar uma boa impressão, planejava falar isso só depois haha). Outra moça da editora chega junto e diz: “Essa é menina do Rap” (não falei que eu tava famosa por lá? hehe). Eu digo que não era rap, mas tinha rimas e percebo que a minha tentativa de bater um papo vai por água abaixo. O nervosismo não ia deixar mesmo. Ainda bem que eu escrevi aquela cartinha.

A Meg pega os livros e então pergunta o meu nome pra poder autografar. Eu respondo e só então me dou conta que no meio da confusão da câmera, larguei a senha com o meu nome em algum lugar. Tento soletrar o nome, mas sai tudo errado. Eu já estava confundindo as letras todas. AI MEU DEUS, e agora?

Felizmente, alguém da editora traz um papel pra eu escrever o meu nome (eu já falei que eles são uns amores?). Quando a Meg lê, comenta: “Ah, mas esse nome é fácil!”, e autografa meu DP3 (o meu favorito e que ficou com o E todo rabiscado porque a esperta aqui esqueceu como se soletrava o próprio nome. Mas foi legal. Agora sempre que eu pegá-lo, vou lembrar da história do autógrafo. Hehehe), meu DP1 (o primeirão!) e o recém-comprado DP10 (o último da série e que está quase empatado em preferência com o 3).

O fotógrafo pergunta se ele já tinha tirado uma foto nossa e eu respondo que não. Tiramos uma foto e quando a Meg acha que já acabou, eu digo: “Wait a minute. I’ve got a gift for you”. Porque eu não estava lá em cima só por mim. Eu estava representando também outras 4 meninas lá embaixo e que nesse momento estavam gritando à beça porque eu tinha me levantado pra buscar o nosso presente.

Eu trago o Meg’ame e a Meg fica supresa e toda feliz quando vê e diz: “Oh, Thank you” e mais alguma coisa que eu não lembro. Ela não sabe o que fazer, então eu digo: “So, let me open it” e solto o lacinho delicadamente e abro a caixa. Aí eu mostro pra ela as coisas que têm dentro: “So, this is a letter for you, and this is the manual of the game, and...”. Aí eu pego e abro o tabuleiro.


A Meg fica com cara de boba e um monte de gente da editora vem ver o presente. Eu digo que é tipo um Jogo da Vida, mas um especial pra ela e os olhinhos da Meg brilham *-*. Ela fica de boca aberta observando o tabuleiro e só consegue dizer: “It’s all about my books...”, ainda atônita. Minhas amigas nessa hora estão gritando mais que tudo lá embaixo e então eu digo: “Are you seeing those girls screaming? They helped to do it...”. E aí a Meg olha pra elas e faz a coisa mais legal de todas: vira o jogo pra todo mundo lá embaixo ver animadérrima! Muito demais!

Agora além de gritando, minha trupe está toda pulando. Eu também não consigo me conter e comemoro com as meninas enquanto a Meg está de costas pra mim. \o/

Quando ela vira de volta pra mim, agradece de novo e eu digo: “You have to play it”. Ela responde que vai jogar sim, mas que primeiro vai ter que colocar os óculos pra poder enxergar (ela faz o gesto de colocar os óculos).

Eu guardo-o de volta na caixa e peço pra tirarem uma foto nossa com o jogo.

Eu nem lembro se a abracei. Devia ter dado um beijinho, mas sabe como é nessas horas, né? A gente está tão nas nuvens que nem se lembra de nada. Paula, você que estava lá, lembra do que aconteceu pra me contar? Porque eu não estava lá não...(he he). Eu estava em qualquer lugar a não sei quantos mil pés longe da terra firme.

A Meg desce pra dar os autógrafos pro resto do povo e eu arrumo as minhas coisas e desço pra encontrar com as minhas amigas na fila do autógrafo. EU TINHA FALADO COM A MEG! ELA TINHA RECEBIDO O MEU PRESENTE! E TINHA MOSTRADO PRA GALERA!!!!! Nosso encontro foi melhor que a encomenda. Melhor que no sonho. Pena que durou tão pouco. Sério, eu nutria uma certa fantasia em me tornar amiga da Meg. Hahahaha! Mas foi bom mesmo assim! Hahahaha!

Ah, e pra quem duvidava de que a Meg tinha gostado do presente, ela colocou até foto no blog dela. Por enquanto, ele é o único presente do Brasil com essa regalia. Olha só que chique! Agora o Meg’ame está mundialmente famoso!

Sério, eu não preciso de mais nada na vida. Minha missão no mundo está cumprida.

Eu conto pras meninas o que aconteceu lá em cima e depois vou falar com a Paula e a Marcelle, que estão logo atrás na fila. Eu prometo comprar o livro dela e volto lá pra frente. Meu pai diz pra eu ficar ali grudada na casinha da Meg pra poder gravar as meninas entrando e eu me divirto com as pessoas ali.

As pessoas da fila realmente são um capítulo à parte nessas coisas. Umas meninas fizeram um cartaz muito lindo escrito que a Mia podia ficar com m&m’s, mas que o Michael Moscovitz era dela. Aí a gente comentou e chegou à conclusão de que o Michael era patrimônio público. Hahahaha! Uma levou uma camisa em que todo mundo assinou pra entregar pra Meg. Outras pessoas na fila estudavam pra prova da UERJ de domingo enquanto esperavam. Outras obrigaram as mães a ficarem lá na fila desde de manhã cedo. E uma garota que estava ao meu lado ali em frente à casinha roubou a cena: ela tinha matado o pré-vestibular pra ver a Meg e depois de ter seus livros já autografados, ficou lá escrevendo umas plaquinhas pra Meg ler do tipo: “I love you and your all boys”, e “Crazy for you” e “You are Diva”.

Toda vez que a Meg via as plaquinhas, ela ria. Uma hora chegou a falar rindo e mexendo o dedo do lado da cabeça: “You’re crazy!”. Hahahaha! Muito legal! Depois a menina ficou super feliz: “Gente, ganhei meu dia. A Meg me chamou de maluca!” Hehehehehe! Aquilo estava animando a Meg, tadinha, que já tinha tido um dia super cheio e mesmo assim não deixava de sorrir e puxar papo com cada pessoa que entrava na cabine. “How aaare you??” Um amor! Dava pra ver que mesmo sendo cansativo, ela estava adorando receber todo aquele carinho. De vez em quando ela virava pra retocar a maquiagem, dava um suspiro, e voltava com aquele sorrisão-diva dela. É por isso que eu amo essa mulher!

E sabe o que eu acho mais legal da vinda ela ao Brasil? É que finalmente a mídia está dando a devida atenção ao trabalho da moça, que pode ser de adolescente e de mulherzinha, mas é muito bem feito. Ela merece todo o sucesso que faz porque dá pra perceber o quanto ela se esforça pra escrever seus livros. E ela os escreve sem deixar de atualizar o blog, o twitter, responder aos e-mails e ao pessoal do fórum. Ela simplesmente ADORA os seus leitores. Chega até a reclamar quando a gente não manda notícias pra ela! Ela faz tudo com tanto amor e sinceridade, sabe? Fiquei feliz mesmo por ela estar tendo o seu trabalho reconhecido por aqui.

Pois então, o Brasil todo agora sabe quem é Meg Cabot. E Meg Cabot agora também sabe o que eu já sabia há muito tempo: o Brasil é o melhor país do mundo. A gente tem os nossos problemas sim, mas, cara, esse país é o paraíso! Tem a melhor comida, as melhores praias, faz sol o ano todo, nossa língua é linda e principalmente, o povo daqui é muito acolhedor! E finalmente, ela está tendo a chance de ver o quanto a gente do Brasil gosta dela também. Porque, aqui no Brasil, a gente demonstra que a gente gosta MESMO. Sem dúvida, essa é a melhor turnê que ela está fazendo. A gente não tem vergonha de abraçar, de dar beijinho, de dar presentes, de dar uns gritinhos histéricos... Somos um povo muito sociável. Até demais.

Meg aprendendo como é que faz o coraçãozinho do Alexandre Pato

O orkut era pra ser uma coisa restrita em que uma pessoa chamava outra pessoa, que chamava outra, que chamava outra... Bastou chamarem um brasileiro, pronto! Esse chamou a turma toda, que chamou outras turmas, que chamaram outras galeras e num mês só tinha brasileiro no orkut.

Teve um episódio engraçado uma vez num chat que a Meg fez no ano passado pra vocês verem como brasileiro é fogo, né cara! Ela respondeu as perguntas e depois saiu e deixou o chat a cargo da moderação. Estava todo mundo se comportando bem até que os brasileiros se descobriram e decidiram trocar MSN. A moderação avisou que era proibido e aí as meninas começaram a conversar em português pra despistar a moderadora. “Passa o MSN”, “Mas é proibido”, “Coloca sem o @”. Hahahahaha! A moderadora tava ficando maluca já.

Mas até que o pessoal da sexta-feira se comportou direitinho na Bienal. Foi bem tranqüilo. Não houve confusão e todo mundo pegou o seu autógrafo feliz da vida. Também somos um povo muito educado quando queremos, viu!

Voltando ao relato...

Quando chega a vez das minhas amigas, eu vejo uma empurrando a outra porque ninguém queria ir na frente! Vai entender! Eu filmo todas elas e depois vamos dar uma volta e comprar o livro da Paula. Ela autografa o livro e me faz prometer viciar minhas amigas todas no livro dela também. Eu digo que pode deixar e que isso não seria problema. Hehe! Depois a gente fica conversando um tempão sobre a Meg, DP, os primórdios da Internet, as traduções da Ana Ban e um montão de coisas. A gente tira uma foto e se despede.

Nisso já são mais de 17h30 e quando a gente passa pelo estande da Record, ele está quase vazio e a gente decide registrar a Meg indo embora, o que aconteceria às 18h. Eu e a Jami ficamos à espreita pra ver por onde ela vai sair. Eu descubro e chamo a Jami. Ela tirava as fotos, e eu filmava. Ela sai da cabininha e dá um “Bye, bye” pra gente enquanto passa por dentro do estande. A gente sai correndo igual paparazzi pelo lado de fora e espera ela entrar no carrinho e ir embora, acompanhando tudo de longe. O pessoal da editora conversa alguma coisa entre si e a Meg fica olhando sem entender nada. Enquanto eu filmava, o segurança, super fofo e que tinha até uns bottons Eu S2 Meg Cabot pregados no terno, sai da frente pra eu poder gravar melhor! O carrinho começa a andar e a Meg vê a gente ali novo e dá mais um “bye, bye” mó feliz, a gente é educada e responde “bye, bye” também e então ela fala “Tchau!”. E a gente dá Tchaaaau também e filma ela indo embora. Que máximo! Ganhamos um Tchau da Meg!

Eu e a Jami perguntamos ao pessoal da editora se eles tinham guardado os presentes e eles respondem que sim e que depois vão mandar tudo pro hotel dela. A gente agradece a eles por trazerem a Meg ao Brasil, que foi muito legal e tal e eles falam pra gente voltar no domingo. A Jami pensa em perguntar em que hotel a Meg está, mas desiste. Ia parecer muita loucura! Hahaha! Depois a gente ficou tentando adivinhar qual era o hotel e falou de brincadeira: “Deve estar no Copacabana Palace”. Só que depois a gente descobriu que ela estava MESMO no Copacabana Palace! Eu num falei que essa mulher era diva? (Jami, aquele negócio da gente ser vidente tá ficando mais forte a cada dia! A Meg vir a Bienal, o nome do DP10, o hotel em que ela estava... A gente tem que abrir uma tendinha e começar a ganhar dinheiro com isso!)

Gente, Record investiu pesado, hein! Vocês falaram pra ela QUEM já tinha se hospedado lá? Chefes de estado, Madonna, Rolling Stones, Lenny Kravitz... Só gente fraca... Mas o que deve ter tido de retorno? Deve ter valido a pena. Eu sou da opinião de que a Meg tinha que vir todo ano. Ou melhor, que ela devia logo se mudar pra cá!

Pronto. Agora a gente podia ir embora também. Dia mais que perfeito. Fiquei na Bienal das 10h às 18h com só um chazinho de morango e uns biscoitinhos de água e sal no estômago. Mas eu faria tudo de novo. Voltamos pra casa falando de tudo o que tinha acontecido ainda meio sem acreditar que tinha ocorrido de verdade. Falei com a Meg, tirei foto, autografei livro, entreguei presente, conheci um monte de gente e no final ainda ganhei um Tchau da Meg. O que mais eu podia querer?

Ver a palestra, claro! Depois desse dia too marvelous for words, a gente TINHA que voltar no domingo. E voltar no domingo ia ser uma aventura ainda maior do que tinha sido ir lá na sexta.
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Meg-a relato da melhor Bienal de todos os tempos - parte 1

Dia 11 de Setembro

*Pausa para reflexão*
No dia 11 de Setembro de 2001 ocorreu o atentado terrorista ao World Trade Center e ao Pentágono, o qual mudou toda a nossa história contemporânea. Meg Cabot morava pertinho de lá na época...
*Fim da pausa para reflexão*


Era hoje. O GRANDE DIA! O dia em que eu finalmente ia conhecer Meg Cabot. A mulher que me transformou em uma viciada em leitura e que eu tinha esperado tanto e até sonhado (literalmente) em conhecer.

A ansiedade é tanta que acordo às 4 da manhã. Tento dormir de novo, mas fico me remexendo na cama até às 6h, quando eu desisto de dormir e levanto. O plano era acordar só às 7h, sair de casa às 8h, buscar a Adriana às 8h30 e chegar na Bienal às 10h. Ai ai, logo hoje que eu tinha acordar descansada, de manhãzinha e já estou toda doída. Planejo dizer isso a Meg. Já é a segunda vez que ela me faz ficar sem dormir direito esse ano! Eu já tinha até imaginado o diálogo:

Eu: Meg, eu vou te matar.
Meg (com cara de assustada): Por quê? O que eu fiz?

Eu: Porque por sua culpa eu não dormi direito essa noite.

Meg (faz cara de culpada): Ah, desculpa...

Eu (rindo): Tá tudo bem. Se você me der um abraço, eu te perdôo.
(Ela ri, me abraça e a gente tira uma foto)


Às 7h, todo mundo começa a se arrumar e incrivelmente o plano funciona perfeitamente. No meio do caminho, a gente chegou a ver a Fe pegando o bus! Às 10h, estávamos chegando a Bienal. Quase nenhum carro. Tiramos umas fotos do lado de fora do RioCentro e tentamos imaginar quais as pessoas em volta estavam no evento por causa da Meg.

Ao chegarmos ao Pavilhão Azul, logo vemos o estande da Record e uma discreta filinha com pessoas sentadas. Sentamos também e garantimos nosso lugar. Eu fico lá na fila pra descansar enquanto meu pai, minha irmã e a Dri vão dar uma volta.

Esse tipo de evento, além de ser super legal porque a gente encontra com o ídolo e tal, ainda é divertido porque a gente conhece um monte de pessoas de vários lugares diferentes que nunca iríamos olhar na cara (tinha gente de São Paulo, Minas, Brasília, Bahia, Rio Grande do Sul... A diversidade de sotaques do Brasil é muito demais!), mas naquele momento, estamos todos ali compartilhando um único sentimento (no caso, o amor pela Meg). Na fila. È uma coisa muito bonita de ver, porque apesar de a gente não saber o nome da pessoa ao lado, assunto é o que não falta e pode ser que muitas amizades comecem por ali. Ainda tem aquelas pessoas que a gente conhece do orkut e dos fóruns da vida e que encontram nesses eventos a grande chance de se ver pessoalmente. Ou o contrário: as pessoas que a gente vai passar a reconhecer na Internet depois do evento.

Na frente do estande da Record há um estande da Eletrobrás com um típico Contador-de-Histórias-da-Bienal. Chato, mala e vestido estranhamente. Esse estava de nobre do séc. XV. Ele fica falando que vai dar brindes e que o povo da fila pode participar também. Mais um pouco chegam umas crianças pra acabar com a solidão do contador-de-histórias e ele finalmente deixar o pessoal da fila em paz. A historinha do dia era muitooooo interessante. Falava sobre a história da eletricidade. A gente na fila comenta como o cara é ruim e não tem história nenhuma pra contar. Coitadas das crianças! Ficam ali aturando ele só pro causa dos brindes.

Depois de um tempo a Fe chega ao evento. Fico super feliz ao vê-la e depois de dar um abraço nela, peço pra ela comprar uma água pra mim, já que ela não ia ficar na fila e eu estava morta de sede. A água da Bienal é de ouro: R$ 2,50!

Esther, Adriana e meu pai voltam. Começa a distribuição da pré-senha na que o pessoal ia ter que preencher um cadastro e depois trocar pela senha de verdade. Ligo pra Jami e falo pra ela correr, mesmo ela estando dentro do ônibus. Puxo meu pai pra ele pegar o papel pra Thaissa. Eu pegava o da Jami. (Gente, eu não peguei 2 papéis. Só o da Jami. Eu era VIP, lembra? Só estava na fila por motivos totalmente altruístas e também porque ir para um evento desses e não enfrentar a fila não tem na mínima graça)

O moço da distribuição descobre que ainda tinha que colocar um carimbo de autorização dos direitos de imagem pra poder pôr a foto na Internet exatamente na hora que ia dar o papel pra gente. Meu pai fica bolado por estar ali naquele bando de meninas. O moço recolhe todos os papéis e depois volta com novos devidamente carimbados.

Depois, uma moça da editora (Adriana Nascimento, o nome dela. Eu gravei porque era homônima da nossa Adriana) começa a gravar o pessoal da fila mandando mensagens para a Meg. A gente diz que a ama e que ela é uma fofa. A Dri ainda acrescenta que por ela, a gente estava até passando fome.

Finalmente a Jami e a Thaissa chegam. Elas contam como foi a aventura delas pra achar a praça XV e pegar o ônibus. Todo mundo preenche o seu cadastro feliz da vida. Nisso já eram quase 11h30. A Jami pede pra ver o Meg’ame pronto.

O Meg’ame era o nosso presente pra Meg que a gente passou as férias todas fazendo. Minha irmã (junto com as outras meninas) fez um pra mim de aniversário no ano passado e então, a gente decidiu fazer uma versão in Ingrish pra Meg levar pra casa. Ele é tipo um Jogo da Vida, só que especialmente da Meg. Abrimos a caixa e ficamos admirando como ele tinha ficado legal. A Meg ia AMAR!


Ao meio-dia, a fila começa a andar e logo, logo, estava todo mundo com a sua senha devidamente nomeada. O pessoal da Record caprichou. Aquela senha é um luxo só.


Aproximo-me do pessoal da editora que estava lá trabalhando com as senhas e me apresento como ganhadora da promo.

Eu: Oi, eu ganhei a promoção do vídeo. Com quem eu falo pra pegar a “senha dourada”?
Ela nem pede meu R.G. e responde:

Moça (acho que era a Rebecca, que mandou os e-mails da promo): Ah, você ganhou a promoção! A gente morreu de rir com o seu vídeo! Você pode passar aqui depois porque agora a gente tá meio ocupado?

Eu: Tudo bem.


Ha! Eles gostaram MESMO do vídeo! Já estou até famosa lá na editora! Que legal!

Outra coisa que fez sucesso lá na Bienal foi a camiseta que eu mandei fazer. Muita gente perguntou onde eu tinha arranjado e quando eu respondia que eu tinha feito, elas ficavam até meio decepcionadas porque aí não iam poder comprar, mas elogiavam o trabalho. Modéstia a parte, ficou muito legal mesmo, mas mal sabem elas que eu e o Photoshop não nos entendemos e por isso a montagem tinha sido feita praticamente no Word.

Montagem-gambiarra é o que há!

Fomos ingerir algum alimento porque estava todo mundo faminto. Eu até compro um croissant de frango, mas não consigo comer. Acho que era o nervosismo. Até o cheiro da comida das outras meninas estava me fazendo mal. Meu corpo estava cansado da noite mal-dormida e fico com medo de desmaiar quando a Meg chegar.

Em meio a conversas sobre a Meg, o Saara, o Mercadão de Madureira, águas de coco roubadas e eu ficando rouca na minha 1ª Bienal, eis que passa um grupo de bailarinos enfileirados saltitando e com uma das mãos levantadas. O mais legal é que um grupo de alunos começou a segui-los e com a mesma pose. Hilário! Só vendo mesmo.

Ao fim do almoço, nos encaminhamos de volta ao estande da Record. Falo com as moças das senhas e elas chamam a Rebecca. Ela me leva lá pra cima do estande pra eu ir buscar minha caixa-surpresa. Pergunto a ela se tem DP10 dentro porque se não tivesse eu ia comprar pra Meg autografar (eu só tinha lido o original). Ela diz que ia ver. A gente tira umas fotos de mim com a caixa e ela diz que eu posso abrir.

Gente, que caixa era aquela? Muito linda! Não tinha DP10, mas tinha o novo Avalon High em manga! E NÃO É SÓ APENAS ISSO! [Locutor das Organizações Tabajaras mode on] Ainda tinha:
- Uma coroinha
- Uma tiarinha
- Um colar muito lindo
- Bottons EU S2 Meg Cabot
- E um diário rosa personalizado de DP muito perfeito.

Fofo demaaaaais! Valeu, Record! Vocês são 10!

Eu desço com a caixa pra mostrar pras meninas e na escada há uma garota que diz ter feito brigadeiro pra Meg e pede pra entregar ou que pelo menos a Meg receba. Tomara que tenham dado pra Meg porque brigadeiro é, tipo, a melhor guloseima que existe. E é do Brasil! [Brasil, sil, il, il!]

As meninas vêem a caixa e colocam a coroinha em mim. Compro DP10 e mais uma pá de livros porque o estande estava dando um desconto bom. Logo depois, finalmente conheço pessoalmente a Paula e a Marcelle. A gente é que organiza aquela comu de DP há anos, mas só agora tinha tido a oportunidade de se encontrar. Também pudera! O sotaque das duas entrega logo de onde elas são: a Paula de BH e a Marcelle de Fortaleza! Uma fofura! Quando eu comento do sotaque mineiríssimo dela no vídeo, ela também diz que o meu carioquês não fica atrás. Hehe!

Eu e a Paula subimos e ficamos conversando o tempo todo. Eu mostro a ela as amigas do vídeo lá embaixo, que estavam só me vigiando (hehe) e conto mais um monte de bobagem que a gente já aprontou por causa dos livros da Meg.

Nesse momento, a empolgação já tinha tomado conta do meu ser e não me sinto mais cansada, apesar de ainda não querer comer nada do que o garçom servia (tava muito chique, benhê!). Eu só bebia água. E mesmo assim pouca, por medo de querer ir ao banheiro na hora H. A Giu Alonso, da editora, diz que qualquer coisa que a gente quisesse, era só pedir e que ela estava lá para nos servir. Muito fofa, né! Ela é uma das que respondem o pessoal do fórum e, se eu não me engano, respondia os nossos e-mails desde antes de existir a GR.

Conversamos com o resto das meninas e tiramos mais fotos. O mezanino, que estava vazio, do nada fica cheio de gente. Até o Ediney Silvestre da Globo estava lá. O que esse povo todo queria lá? Ver a Meg? Ah, não! Faz um vídeo você também, Ediney! Felizmente, depois eles saem.

A hora de encontrar a Meg se aproximava e incrivelmente eu estava até calma. Acho que meu maior medo era dar algo errado com as meninas, ou eu passar mal, ou coisa assim.

O tempo passava e nada da Meg chegar. Eles dizem que mostraram o nosso vídeo pra ela (AAAAHHH!) e que agora ela estava dando uma entrevista pra Globo News e ia chegar de carrinho (é muito Diva, né?).

E eu disse que estava tranqüila, né? Isso até o povo começar a gritar insandecidamente Ai meu Deus, é a Meg! É agora! O coração acelera, os pêlos se arrepiam, eu pego a câmera pra gravar ela subindo... É a Meg! É a Meg! É a Xuxa! ...

O mesmo moço da distribuição do cadastro tenta puxar um corinho pra Meg pra abafar a chegada da Xuxa, mas ninguém ouve. Ele tinha que ter levado um mega-fone. Demais! Adorei a animação dele.

Daqui a um tempo, outra gritaria. Dessa vez era verdade. Era chegada a hora. Depois de anos de espera, eu ia conhecer Meg Cabot.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Meg-a relato da melhor Bienal de todos os tempos - parte 0

A Bienal 2009, pra mim começou muito antes de 10 de Setembro desse ano. Começou há mais de um ano atrás. Nesse post, você confere tudo o que rolou até lá. Depois eu parto para a Bienal em si. Vou dividir o relato em muitas partes, porque tem muita coisa pra contar e eu não quero deixar passar nada. Lá vai.

6 de maio de 2008, por volta das 10 da noite


Lá estava eu vagando pelas ondas da web, enquanto teclava com os amigos no MSN numa janela conjunta. Tudo corria absolutamente normal, até eu entrar no site da Galera Record e ver ESSA notícia. Quase tive um treco. Não dava pra acreditar. Super gritei na frente da tela do PC. Eu sempre tinha sonhado em ler algo do tipo. Na Bienal de 2003, o professor de artes pediu pra turma fazer um desenho para o evento, e eu desenhei a turma em frente ao estande da Record, com uma faixa atrás dizendo que a Meg estava na Bienal. Quando eu vi a autora de Gossip Girl na Bienal de 2007, eu pensei: “Mas por que não podia ser a Meg, hein?”. Simplesmente não parecia real. Era um sonho muito distante.

Colei o link da notícia da janela no MSN. E só o que eu consegui falar na janela foi: “aaaaaaaaahhhhhh” e “aaaaaaaaahhhhh” e “aaaaaaaaaaahhhh”! Gritei minha irmã: “Esther, vem cá! Tem um negócio muito legal pra te mostrar”. Ela subiu. Eu gritei mais um pouco no ouvido dela. A essa hora eu já estava pulando de alegria por todo o cômodo. Acho até que eu bati nela de tanta emoção. Minha empolgação foi tanta que minha irmã nem comemorou tanto e começou a achar que eu estava ficando maluca. Ela desceu e no MSN, eu e as meninas já fazíamos altos planos para a Bienal 2009. A gente nem sabia quando ia ser, só tinha certeza de que a gente TINHA QUE ESTAR LÁ! Lá pra meia-noite eu desci e continuei gritando e pulando pela casa inteira.

Julho de 2009

Começam efetivamente os preparativos para Bienal. Eu e as meninas nos reuníamos TodaQuinta para elaborar o presente coletivo que a gente ia dar pra Meg. Voltei a ser criança cortando, colando e pintando com tinta guache.

Agosto de 2009

Agora só faltava 1 mês. Todo dia pipocava uma notícia nova do evento. A mobilização dos fãs aumentava a cada dia. O vestibular da UERJ da Esther calhava de ser no mesmo dia da Meg na Bienal. Será que não ia dar pra ela vê-la? Ah, não! Não era possível. Ela tinha que ver a Meg! Como assim?
No final do mês, felizmente a editora anuncia mais uma data para os autógrafos: dia 11/09 (sexta-feira). E mais felizmente ainda, meu pai estava de folga nesse dia. Mudança de planos: agora a gente ia na sexta.
Também no fim de Agosto, a editora lança a promoção Declare seu amor por Meg Cabot em que os participantes deveriam mandar um vídeo de 15s declarando seu amor pela escritora e os vencedores teriam direito a MEIA HORA EXCLUSIVA com a autora, sem ter de encarar a fila. Mais uma coisa que não dava pra acreditar. Essa era a minha chance de FALAR coma Meg. O resultado sairia dia 8/09 às 15h por Internet e telefone.

Setembro de 2009

O nervosismo e a ansiedade só faziam aumentar. Eu já não aguentava mais. O dia 11/09 não chegava nunca (gente, eu tava de férias. Cabeça vazia, oficina do diabo...).
Meg começou a citar o Brasil cada vez mais freqüentemente nos posts do blog. Dava pra ver que se a gente não via a hora de ela chegar aqui, ela também estava muito animada pra vir logo pra cá. Assistiu ao filme do Hulk com Edward Norton só porque tinha cenas no Brasil, pediu dicas de moda para as meninas brasileiras e tentou aprender português pelo YouTube (é incrível como as aulinhas de português deles são tão idiotas quanto as nossas de inglês!).

Dia 8 de setembro, 15h
Nada de sair o resultado.

Dia 8 de setembro, 17h
O anúncio do resultado é adiado para o dia seguinte ao 12h.

Dia 9 de setembro, 12h
Hora do almoço. Fico olhando o telefone, torcendo pra que ele toque e seja a Record ligando pra mim, mas ele permanece em silêncio.

Dia 9 de Setembro, 13h.
Assisto ao Jornal Hoje. Nada de ligarem pra cá.

Dia 9 de Setembro, 15h.
Termina o Vídeo Show. Ninguém ligou. Bom, tudo bem, faz parte. Entro na Internet pra ver quem eram as ganhadoras do concurso, já sabendo que meu nome não estaria entre eles. Quando eu logo no orkut, encontro um recado da Paula, a dona da comu do Diário. O recado dizia:
“Ei Elisa! Nós ganhamos o concurso da Meg! Estou tão feliz! Adorei o seu poeminha! :)
Beijo!”
Replay da reação do dia 6 de maio de 2008.

AAAAAAAAAAAAAHHHHH! GANHEEEEEI! GANHEEEEEIIII! Abraço minha irmã, que está no computador ao lado, pulo pelo cômodo, bato nela, abraço meu pai, pulo em cima do colchão, comemoro muito MESSSMOOOO! AAAAAAAAAAHHHHHHH!
EU VOU FALAR COM A MEG! AAAAAAAAAHHHH!

Ligo pra Fe pra contar a novidade. Mais gritos e sorrisos. Nossa, eu fiquei mega-feliz! Longa conversa no tel. Falamos muita bobagem. (A gente sempre fala muita bobagem, hehe!) Ligo pra Jami. Mesma reação. Agora ela finalmente tinha se decidido ir na sexta, só que ia ter que mexer muitos pauzinhos pra conseguir ir.

Minha mãe ouve a conversa e pergunta do que se trata. Eu, que já ia sair pra buscar a camiseta que eu tinha mandado fazer, digo que não é nada. Quando eu volto, ela comenta que o pessoal da editora ligou pedindo a confirmação no evento. A princípio ela fica meio revoltada porque eu não tinha contado pra ela antes (eu também não tinha contado pra mais ninguém antes!), mas depois pergunta se era a autora do Diário da Princesa e fica MEG-A orgulhosa de mim porque eu ganhei o concurso. É sério. Ela contou pra todo mundo na igreja.

Passo o dia todo sorrindo feito uma boba. EU IA FALAR COM A MEG! A MEG IA FALAR COMIGO! Agora que meu coração ia pro espaço mesmo. Michael, você não quer fazer uma doação do CardioBraço pro Hospital da Posse, não? É doação mesmo, porque eu duvido que o prefeito de lá vá pagar.

Dia 10 de Setembro

Dia muito movimentado esse. O povo aqui de casa acordou cedo, começou a fazer barulho e me acordou. Como a adrenalina já estava nas alturas, não voltei a dormir mais. Aproveitei que já estava acordada e fui dando os retoques finais no presente, fiz uma cartinha pra entregar pra Meg (abafa que eu sempre achei isso tudo a maior bobeira, mas agora eu estava fazendo a mesma coisa. Eu escrevi isso na carta também) e adiantando os preparativos para o dia seguinte.

À tarde fui dar um jeito no cabelo porque no outro dia ia ser um dia de muitas fotos e compro uns envelopes na papelaria. Quando volto pra casa, fico no telefone o tempo todo agendando as coisas com o resto da trupe. Falo pra Jami levar a tiarinha da EstrelaD'alva que eu tinha dado de 15 anos pra ela, mas a casa dela tá em obras, e ela não fazia a mínima ideia de onde estava. Vou para o curso de espanhol à noite. De volta à casa, minha mãe me avisa que a Meg apareceu no JN (cara, sempre que aparece alguém legal no JN eu não assisto!) e comenta que ela é “muito bonitinha!”. Depois da janta, mais telefonemas e ajustes pra que tudo fique certinho para O GRANDE DIA! A Fe ia de ônibus, a Jami ia pra faculdade assistir 1h de aula e de lá encontrava com a Thaíssa pra irem juntas, e nós pegaríamos a Adriana em casa.

Queria ter ido dormir mais cedo, mas só caio na cama à meia-noite.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Al, al, al, Eu vou na Bienal

Nos anos pares, os eventos mais aguardados são de natureza esportiva: Copa do Mundo e Olimpíadas. (Tem eleições também, mas ninguém fica esperando por eleições, com exceção dos políticos). Nos anos ímpares, o evento mais legal é a Bienal do Livro. O Rock in Rio da literatura.

Sempre no RioCentro, a Bienal reúne as maiores e menores editoras do país, promove encontro entre autores e organiza palestras e debates. O evento era realizado no primeiro semestre, porém, a partir de 2007, por causa do Pan, a Bienal transferiu-se para Setembro.

Bom, eu tenho uma certa história com Bienais do Livro. Não é nada, não é nada, já estou me encaminhando para minha 5ª Bienal! Mais do que uma feira, a Bienal é um evento que a cada 2 anos marca a minha vida na maioria das vezes por razões não-relacionadas a literatura.

Pensando nisso, vou tentar puxar o máximo que eu puder da memória e fazer um apanhado das minhas lembranças com a Bienal. E acredite: eu tenho um monte delas.

Bienal 2001 – A primeira Bienal a gente nunca esquece
A 1ª Bienal do séc. XXI e minha 1ª Bienal também. Estava na 5ª série e fui com a escola. Como a gente era criança, o professor mandou fazer grupos de 10 pessoas e ficar junto pra não se perder. Na época eu levava as coisas muito a sério e gritei horrores tentando fazer as pessoas ficarem juntas. Não adiantou nada. O grupo se desmantelou, ninguém se perdeu, e eu voltei pra casa rouca.
Mesmo assim, foi uma das melhores Bienais de todos os tempos. É a campeã em matéria de brindes. Eles distribuíam marca-páginas nos corredores (A Kamilla F. pegou tantos que dividiu comigo e ainda ficou com muito. Graças a essa Bienal, nunca falta marca-páginas aqui em casa) e eu peguei um imã de geladeira muito legal com o desenho de um astronauta, no qual a gente colocava a nossa foto no espaço para o rosto dele. (Não acredito que minha mãe jogou aquilo fora depois de uns anos!!! O imã era tão bonitinho!!!). Também tinha uma parada para tirar foto lá, só que eu não fui porque, claro, estava tentando manter as pessoas unidas (rs).
Acho que comprei uns 3 livros nessa Bienal. Todos fininhos e com figuras. Um deles era o paradidático do colégio, Até mais verde. E foi nessa que eu levei 5 revistinhas da Mônica por 1 real? Acho que foi.
“Coisas que toda garota deve saber” vendeu muito entre as meninas da sala. Entre os meninos, o livro mais popular foi... o livro de piadas do Casseta e Planeta! Melhor que nada, né!
Ah, e a moça que queria porque queria que a gente ficasse ouvindo uma história da abelhinha? Deus, que mulher sem noção! Contadores de histórias da Bienal são um perigo! Hahaha!

Bienal 2003 – a Bienal da Deborah
7ª série. Mais uma vez excursão da escola. Dessa vez eu não gritei, nem fiquei rouca. Mas também foi uma Bienal muito maneira. Muitas aventuras.
Passei uma parte do passeio conversando com a profª de português sobre um incidente pedagógico ocorrido no mês anterior e vendo ela extorquir os editores preenchendo formulários para ganhar livros de graça pelas diversas escolas em que trabalhava. Tia Deborah é hilária. Muita saudade da aula dela. Se ela fosse um livro ia ser “Uma professora muito maluquinha”.
Depois que eu deixei a tia Deb sozinha na sua jornada por livros grátis, encontrei a Fe e a Jami no caminho e as duas estavam absolutamente decididas a comprar uma agenda do Smilinguido. O estande que vendia a agenda estava lotado, mas elas conseguiram levar a agenda pra casa.
Nessa Bienal, não tinha muitos brindes. Era difícil de arrancar algum, mesmo comprando as coisas! Os expositores estavam começando a ficar pão-duros. No mínimo, deve ser culpa da Deborah, que ficava pedindo 1 milhão de livros de graça! Hahaha!
Mas a saída é que foi a melhor parte do dia. Quase indo embora já, tia Deb organizava o pessoal para tomar o caminho da roça. Enquanto fazia isso, eis que um menino com deficiência lá na feira começa a ter um ataque epilético! Todo mundo ficou sem ação e quando eu vi, tia Déb já estava lá na frente, correndo igual a uma desesperada em busca de atendimento médico. Em pouco tempo, já estavam socorrendo o menino! Deu mó orgulho depois. Minha professora salvou o garoto! Tia Deborah, a heroína!
Mais tarde, quando já estava todo mundo enfileirado, tia Deb aprontou mais uma. A nossa fila era a única que não andava reto. Ela puxava a fila de um jeito só pra ficar torto, igual uma minhoca sinuosa. Não bastasse isso, ela ainda puxou o coro: “Um, dois, três, quatro! Quatro, três, dois, um!” e completava com “Piuí! Tic-Tac!”, o último verso era acompanhado por um movimento de maquinista puxando a sineta para fazer o trem apitar. Imagina só a cena: todo mundo indo embora, e a nossa fila de minhoca cantando e fazendo “Piuí! Tic-Tac”. Seria até normal se a turma fosse do jardim de infância, mas o negócio é que era tudo aluno de ginásio! Muito hilário! As outras escolas devem ter achado que a gente era um bando de malucos! Como eu ria nesse dia! Foi muito legal.
E dentro do ônibus a bagunça continuou com as clássicas canções de excursão. A música da barata, do elefante, entre outras muitas coisas bizarras. Tudo incentivado pela professora, claro. Ai ai, simplesmente inesquecível!

Bienal 2005 – Bienal Digital
1º ano do Ensino Médio. Mudei pro Cefet. Na nova escola, era difícil os professores arranjarem ônibus pra excursão, então não rolava mais passeio para a Bienal. Mesmo assim, fui com minha família prestigiar o evento. Acho que a gente foi no último dia já e o RioCentro parecia um formigueiro. Depois dizem que brasileiro não lê!
Nessa Bienal a gente comprou várias coisas. Minha irmã descolou uma promoção no estande da editora de revistas de desenho e levou um montão delas pra casa. Lembro de ter comprado alguns livros também, mas não me recordo quais. A escassez de brindes continuou e os livros não tinham desconto algum.
Meu pai é maníaco por fotos. E, na época, a gente tinha comprado a câmera digital há bem pouco tempo. Junte a mania louca do meu pai por fotos bizarras, mais um evento cheio de situações pra fotografar e você já pode imaginar o resultado. Não sei da onde veio essa veia fotomaníaca do papai. Acho que ele deve ter tido algum antepassado japonês, só pode. Deixar a câmera com ele é um perigo! A foto mais legal acho que foi uma dele com cara de conteúdo fingindo que lia um livro de Direito. Bobo que só!
Não sei porque, nessa Bienal, ele cismou que tinha que assistir a algum debate que estava rolando. Acabamos entrando numa sala muito louca com a luz baixa, umas almofadas gigantescas e no painel uma imagem de uma mulher semi-nua amarrada por cordas(!). O debate a princípio era até interessante e a entrevistada era a autora do livro A Casa das Sete Mulheres. Mas aquilo estava muito chato e aquela sala era muito medonha! Depois de muito relutarmos, saímos de fininho e fomos aproveitar o resto da feira.

Bienal 2007 – a Bienal das Compras
Fui com a família de novo. Nessa Bienal, a gente fez a festa. Mas a primeira coisa que a gente comprou não foi um livro. Foi um pôster de The O.C. Estava só 1 real!!! Até hoje ele fica pendurado na minha parede como lembrança da falecida série.
Já calejados de Bienais, chegamos à feira sabendo o que a gente ia levar. Meses antes a Record tinha lançado o selo Galera Record destinado ao público infanto-juvenil. \o/ E foi lá no estande da Record que a gente encheu as sacolinhas. Ficaram pesadonas, eu lembro! Mas valeu a pena: a editora estava dando 25% nas compras acima de 3 livros! Aproveitamos o desconto e levamos 5 livros. Tinha uns que não estavam à mostra e pedimos até pro moço pegar no estoque. Como também já era o último dia, não tinha mais bottom, nem marca-páginas da Meg :( Mas o estande da Record até que estava bem generoso em relação a brindes. Ganhamos um monte deles, só que de livros que nunca tínhamos ouvido falar.
Ah, no dia que a gente foi, a autora de Gossip Girl estava dando autógrafos. A divulgação do evento estava bem bacana. Tinha cartaz até no banheiro feminino! E a fila era bem considerável. Pra mim foi indiferente. Gossip Girl nunca me atraiu.
E lembrei de mais uma coisa. Enquando andávamos tranquilamente pela feira, do nada começa um alvoroço! Fotógrafos correndo de um lado pro outro! Uma sessão de autógrafos muito aguardada, ao que parecia. Meu pai, louco por fotos, saiu correndo pra ver do que se tratava e, claro, registrar tudo com a câmera. As autoras: Ticiane Pinheiro e Karina Bacci vestidas de rosa lançando seu livro sobre a experiência da vida no campo do reality Simple Life. Essa é pra quem diz que elas são pessoas incultas. Taí ó: lançaram até livro! Hehe!

Mas, esse ano tudo, será diferente! Se tudo de certo, assistirei a palestras legais, enfrentarei filas, ganharei brindes, autografarei livros... Porque tia Meg super merece e eu também, vamos combinar! Já estou contando os dias desde que saiu a notícia (mais de um ano atrás). Aliás, quantos dias faltam ainda, hein? Ai meu coração! Ainda bem que, como ficou comprovado no evento de 2003, a Bienal tem atendimento médico no local, porque o que vai ter de gente precisando esse ano não vai ser brincadeira. Eu se fosse o prefeito do Rio tratava logo de encomendar um braço cirúrgico do Michael por via das dúvidas...

PS. A coisa mais bizarra do Bienal é que você não deve ir pensando em procurar algum livro legal, nem grandes descontos (pra isso você tem que ir nos sebos ou feirinhas - adoooro! Sempre levo uns livros por menos da metade do preço nesses lugares). O salão estará lotado e é difícil de os expositores fazerem alguma promoção. Ainda assim, é um negócio bem divertido. Tem sempre alguém famoso passando, alguma gincana acontecendo, para as crianças tem os contadores de histórias, e se bobear você leva umas revistas velhas de graça pra casa. E se você estiver de bom humor, já deu pra perceber que dá pra se divertir horrores, mesmo sem comprar nada. É por isso que a Bienal é sempre uma boa pedida. Mesmo que você não goste de ler.
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