domingo, 1 de setembro de 2013

O melhor e o pior da Bienal 2013

Já faz mais de dez anos que eu frequento a Bienal do Livro. Mas eu sempre me impressiono com a grandeza, a loucura e a delícia que é o evento. 


É incrível como eu vou passando pelos lugares e os momentos marcantes voltam tudo na memória. Eu na fila ansiosa pra conhecer a Meg, no estande da Record, com todo mundo louco ali também. Eu na fila, cheia de pressa pra entrar, naquele domingo super-quente, do dia 13/09/2009. Eu na fila, no sol, nervosa porque a Jami não chegava! Eu na fila, pegando os headphones, no meio da muvuca, pra ver a palestra. Eu na fila indiana-minhoca da Débora ali do lado de fora, na hora de ir embora, na Bienal 2003... (Engraçado como todos os momentos marcantes da Bienal envolvem filas...)

Vou confessar que nem estava dando muita bola pro evento esse ano. Mas foi só botar o pé no Rio Centro pro clima da Bienal tomar conta de mim. E Bienal é Bienal. A festa da literatura. O lugar onde ser maluco por livros é a coisa mais normal do mundo. O lugar onde você encontra amigos de internet e seus autores favoritos! O lugar onde escritores são tão aclamados quanto celebridades da Globo! O lugar onde você olha pra lado coisas MEGA ABSURDAS que às vezes nem tem nada a ver com livros! E simplesmente NÃO DÁ pra ficar indiferente a tudo isso. 

É preciso notar que o sábado do dia 31/08 estava bem concorrido. Um dia com Bienal, Mc Dia Feliz e Criança Esperança não é pra qualquer um. Há de se pontuar, inclusive, que esse ano quase não se viu propaganda da Bienal na TV. E não duvido que a Globo não estivesse noticiando a Bienal pra não ter concorrência com o CE. ESTAMOS DE OLHO! 

Mas, mesmo pra quem separou o dia, para curtir a Bienal, estava difícil aproveitar tudo o que a feira tinha de legal e só mesmo com o vira-tempo da Hermione pra estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso o ideal é ir à Bienal sempre acompanhado dos familiares e/ou amigos com interesses diversos dos seus. Pra poder obrigá-los a guardar lugar nas filas, pegar senhas de uma palestra enquanto você aguarda o autógrafo de um outro autor, trocar de lugar quando for a hora, trazer comida pra você, ficar na fila enquanto você vai ao banheiro, essas coisas.

Esse ano não comprei NADA na Bienal. Nem um pôster do One Direction (brinks!). Fiz um benchmark (um nome bonito pra “pesquisa de mercado”) na internet antes de ir e chegando lá, percebi que não valia a pena fazer COMPRAS na Bienal. As filas eram gigantes (tinha estande que tinha fila até PRA ENTRAR), os preços não compensavam e nem tinha nenhum brinde que ME atraísse (o estande da Record até que tinha bastante brinde, mas não pras coisas que eu queria comprar). 

Demos muito dinheiro foi pra barraquinha de doces portugueses que faturaram alto com a gente (meu pai teve um surto de Becky Bloom e resolveu que “E daí que é caro? A gente vai morrer e deixar o dinheiro todo aí mesmo!”). Dica: Os docinhos são gostosos, mas vão deixar você todo sujo, com bigode branco de tanto açúcar.

Mesmo assim deu pra aproveitar o evento, fui na palestra do moço do Lado Bom da Vida e eu me diverti à beça com o simples fato de estar na Bienal, no meio daquele bando de gente doida.

Separei os melhores momentos só pra vocês terem o gostinho de como foi:

- A fila IMENSA pra ver o Nicholas Sparks (hoje fiquei sabendo que a palestra foi cancelada, e ele assinou os livros freneticamente durante SEIS HORAS).
- Pessoas animadas, gritando para seus autores favoritos (principalmente Nicholas Sparks, a galera estava MUITO LOUCA!)
- Pessoas com camisetas de livros (adoro!)
- O Ancelmo Gois passando do lado da fila do Nicholas Sparks, com cara de surpresa-susto-aprovação.
- Uma menina dando duplo twist carpado ali naquele gramadinho do lado de fora. Tinha um outro moleque de circo, tentando competir com a menina, mas não tinha pra ninguém, a menina dava umas 3 ou 4 cambalhotas em sequência. Coisas de Bienal...
- O pôster super-ultra-mega-blaster que a Intrínseca fez pro John Green (eu nem li nenhum livro dele, mas gosto muito do John Green).
- Uma bagunça no estande da Capricho e uma menina dizendo que era porque a Selena Gomez estava lá. Hahahahaha! (Ainda não descobri quem era de verdade)
- O debate com Matthew, Flavio Carneiro e Socorro Aciolli. Muito legal!
- A hora em que o mediador falou que tinha chorado no final de O Lado Bom da Vida e teve vontade de abraçar o Matthew Quick, e aí o autor abriu os braços, todo pimpão, e todo mundo fez “ooowwww” (Ele parece ser muito gente boa!)
- O sotaque da Socorro Accioli (adoro sotaque do nordeste!) e a história da meta em vender livros pra comprar sonhada bicicleta rosa com cestinha na frente (dos 3 ela é que tinha as melhores histórias!) 
- Esse cara no estande da Record, já de noite:

Jacob, é você??? Tadinho, errou de estande. O da Intrínseca era ali pertinho...

Mas agora, sério, GENTE, O QUE É ISSO???????? 

UM HOMEM SEMI-NU, ASSIM, NA BIENAL DO LIVRO! Choquei quando vi. Muito. (Agora que eu fui ver, o descamisado estava fazendo propaganda de Um Belo Desastre. Ok, faz sentido. Mas, se era pra ser tão literal, podiam ter chamado o Belo pra cantar logo, né?)

(Aproveitando, queria deixar o link pra melhor matéria sobre a Bienal. Obrigada)

O pior
- O ingresso que agora eles rasgam todo na hora da entrada. Bons tempos aqueles em que a gente conseguia guardar o ingresso de lembrança, porque destacava um canhotinho e tal. Dica: Tirem a foto pro Instagram de vocês antes de entrar.
- O pessoal da Globo Livros que só deixava assinar o livro do Laurentino Gomes se fosse o novo e comprado na hora. Vai te catar!
- TRÂNSITO DE TRÊS HORAS PRA CHEGAR EM CASA. DUAS HORAS SÓ PRA SAIR DA BARRA! AGENTES DE TRÂNSITO IDIOTAS QUE ESTAVAM FECHANDO OS RETORNOS e aí foi uma hora pra andar 1 km até o primeiro retorno aberto e mais uma hora pra alcançar a saída do Recreio. É assim que eles vão fazer quando tiver Olimpíada? Porque o Parque Olímpico é por ali também e se eles forem resolver o problema fechando os retornos e empurrando o trânsito mais pra trás, SÓ VAI FAZER TUDO FICAR PIOR!!!! Vocês que vão pro Rock in Rio, que também é logo ali em frente, façam como a Anitta e PRE-PA-RA porque vai ser difícil.

Tchau, Bienal. Até 2015!
Continue lendo...